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Sexta-feira, 23 / 12 / 2011
Folha de São Paulo
O Estado de São Paulo
Atacada por associações de juízes e, nos bastidores, até por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou ontem que quase metade dos magistrados paulistas descumpre a lei que obriga servidores públicos a apresentar declaração de renda. Segundo ela, por trás da crise no Judiciário está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Esse é o ovo da serpente", disse Eliana, que deflagrou a crise em setembro ao dizer que havia "bandidos de toga" na magistratura. A corregedora negou que tenha havido quebra de sigilo fiscal ou bancário ou vazamento de informações sigilosas dos investigados, como sugeriu o presidente do STF, Cezar Peluso. Ela negou também que Peluso e o ministro Ricardo Lewandowski - que deu liminar suspendendo o trabalho da corregedoria - estejam sendo investigados.
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Folha de São Paulo
"Juízes pedem investigação de conduta de corregedora"
Eliana Calmon aponta corporativismo e se diz vítima de ‘linchamento moral’
Eliana Calmon aponta corporativismo e se diz vítima de ‘linchamento moral’
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As três principais associações de juízes do país pediram investigação sobre a conduta da corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, responsável por inspeções que causaram uma crise na cúpula do Judiciário. As entidades pediram que a Procuradoria-Geral da República e o próprio Conselho Nacional de Justiça apurem se a corregedora cometeu crime ao determinar varredura na movimentação financeira de juízes e funcionários de tribunais e se vazou dados. Ela afirma que não quebrou sigilos bancário ou fiscal de ninguém. A ministra se disse vítima de “verdadeiro linchamento moral” e acusou as associações de agirem por corporativismo e de forma “maledicente e irresponsável” ao tentar esvaziar os poderes do CNJ, especialmente após inspeções da corregedoria atingirem o Tribunal de Justiça de São Paulo. No TJ paulista, 45% dos magistrados não enviaram à corte cópia do Imposto de Renda, como diz a lei. Segundo o presidente do tribunal, José Roberto Bedran, não é incomum que juízes se esqueçam de cumprir essa formalidade.O Estado de São Paulo
"Corregedora de Justiça diz que juízes omitem dados sobre renda"
Eliana Calmon afirma que quase metade dos magistrados paulistas ignora lei que obriga a exibir declaração; para ela, corporativismo no Judiciário é ‘ovo da serpente’
Eliana Calmon afirma que quase metade dos magistrados paulistas ignora lei que obriga a exibir declaração; para ela, corporativismo no Judiciário é ‘ovo da serpente’
Atacada por associações de juízes e, nos bastidores, até por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou ontem que quase metade dos magistrados paulistas descumpre a lei que obriga servidores públicos a apresentar declaração de renda. Segundo ela, por trás da crise no Judiciário está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Esse é o ovo da serpente", disse Eliana, que deflagrou a crise em setembro ao dizer que havia "bandidos de toga" na magistratura. A corregedora negou que tenha havido quebra de sigilo fiscal ou bancário ou vazamento de informações sigilosas dos investigados, como sugeriu o presidente do STF, Cezar Peluso. Ela negou também que Peluso e o ministro Ricardo Lewandowski - que deu liminar suspendendo o trabalho da corregedoria - estejam sendo investigados.
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