Brasil

Insegurança pública

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Aldo Rebelo reflete sobre o assunto há muito tempo. Ressalva que agora, na condição de ministro, submete-se às decisões de governo e às diretrizes do Ministério da Justiça, mas diante do tema cede ao desafio da formulação independente. Ainda que teórica.

A questão é: como os governos deveriam fazer frente a um problema que os dois últimos presidentes antecessores de Dilma Rousseff, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio da Silva, se abstiveram de enfrentar como prioridade absoluta?

O grande obstáculo, na opinião dele, é o fato de o combate à criminalidade estar ainda associado à repressão, à coação dos direitos individuais e à interpretação de que a violência é sempre consequência das injustiças sociais.

Com base nesse princípio consolidado no "chip" - principalmente, mas não só - de governantes com origem na esquerda como Lula e FH, o Estado acaba se omitindo, se acomodando nas ideias preconcebidas e "não entende que a segurança é uma aspiração do povo".

Exemplo da dissonância entre o pensamento de grande parte da elite e o que vai à cabeça da população foi o resultado do referendo à lei do desarmamento.

Enquanto todas as figuras influentes da política e da cultura faziam campanha em prol do veto à comercialização de armas de fogo no País, uns poucos deputados sem expressão e identificados com o que há de mais retrógrado defendiam o "não", que acabou vitorioso por 63,6% a 36,1% para o "sim".

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