Política

Difícil, quase impossível

Sidney Borges
Nesta semana recebi um e-mail de um candidato com o resultado de uma pesquisa. Ele aparece na frente na corrida pela sucessão de Dudu. Perguntei a diversos amigos sobre o tal cidadão. Ninguém conhecia. Eu que também não o conheço, desejo boa sorte. Ninguém ganha eleição se não tiver sorte. No caso desse candidato que lidera pesquisas, a sorte terá de ser muito grande, do tamanho do "Prédio Martinelli", sinônimo de coisa grande na paulicéia dos anos 50.

Ubatuba pulula de pré-candidatos. São tantos que o panorama político parece o mar em tempo de tainha. Não dá para sair de casa e andar dez minutos sem esbarrar num "futuro prefeito". Todos falam que a coisa em Ubatuba está feia.

Perdão, nem todos, tem um que diz que está bonita.

Em tempos idos, quando Nélio governava, Paulo Ramos dizia que a coisa estava feia. Ele então lançou-se candidato pela primeira vez. Ganhou. No final de seu mandato, famoso pela slogan "Paulo Erramos", era evidente a necessidade de salvar Ubatuba da feiura. Paulo tentou, mas não conseguiu. 

Dizem que por ter usado apenas 30% das possibilidades.

A "Terra de Coaquira" continuava desabonitada e assim, como uma bala, como um avião, como um super-herói da Marvel Comics, surgiu avassaladora no horizonte a dupla de "cirurgiões plásticos" salvadores. Os dinâmicos Zizinho e Frediani, que ganharam a eleição e tentaram de tudo, mas não houve botox que funcionasse. Acabaram brigando e ao final do mandato, com Jija na algibeira, Zizinho perdeu para Paulo Ramos, brancos e nulos.

Não antes de ouvir Paulo dizendo alto e em bom som para que todo o litoral escutasse:

- A coisa aqui tá, tá, tá, feia...

Com esse brado destemido Paulo voltou a empunhar a caneta. Para evitar aborrecimentos ao leitor, no final do segundo mandato, tentando a releição, Paulo perdeu para Eduardo Cesar, que nunca deixou de afirmar que em Ubatuba a coisa estava feia.

Depois de oito anos de Dudu a caneta vai mudar de mãos. Quem será que vai ganhar? Não faço a mínima idéia, só sei que são dezenas de tainhas, digo candidatos, bradando contra a feiura da terra e um apregoando as belezas da administração do chefe.

Se não sei quem vai ganhar,  tenho certeza das restritas possibilidades de algumas candidaturas. Mas faço questão de dizer que todos têm chance. (he, he, he)

Neste mundo de tantos eventos inexplicáveis todos ficariam surpresos se Justin Bieber caisse de paixão por Hebe Camargo. Ele está vivo e é homem, ela está viva e é mulher. Então! Mas a possibilidade é remotíssima, do ponto de vista matemático desprezível.

Assim como é remota a chance de certos candidatos que estão fazendo espuma, muita espuma e acabarão por fazer mais e mais espuma.

Sem a caneta nas mãos.

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