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Apesar da crise, economistas dizem que capitalismo não morre

Liana Melo e Fabiana Ribeiro, O Globo
Dita há mais de cem anos, em 1897, a célebre frase do escritor americano Mark Twain parece resumir, em meio à atual crise, as discussões sobre o possível fim do capitalismo. Ao ser informado de que estava morto, Twain ironizou à época: "Os boatos sobre minha morte são exagerados". Ele morreu em 1910, 62 anos depois que Karl Marx assinou "O manifesto comunista", no qual analisou o capitalismo e concluiu que as contradições do próprio sistema é que levariam a sua derrocada. Mas faltou dizer quando.

Segundo economistas ouvidos pelo GLOBO, a turbulência global, a desestabilização de países centrais e a incapacidade dos governos de resolver o problema seriam sinais apenas de mais uma das muitas crises cíclicas, típicas do capitalismo. Acreditam, no entanto, que o modelo terá que se modificar, se adaptar, para seguir em frente, mostra reportagem publicada neste domingo.

- Ora, o capitalismo nunca esteve tão forte. Praticamente todos os países praticam hoje a economia de mercado - pondera o ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Langoni, negando, peremptoriamente, que o capitalismo esteja correndo qualquer risco. - Não é o sistema que está errado. A crise é obra dos homens que lançaram mão de políticas macroeconômicas inconsistentes e irresponsáveis.

O uso incorreto de uma política de juros baixos por um longo período foi, segundo Langoni, um erro crasso e, o pior, determinante para a bolha imobiliária nos Estados Unidos. A crise, que estourou em 2008, se prolonga até hoje e, o mais grave, desestruturou o sistema financeiro a nível mundial:

- Juros baixos deveriam ser usados apenas em períodos de recessão e não como uma prática de política monetária. A crise atual é de gestão.

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