Ramalhete de "causos"

Da sabedoria

Sabedoria exige busca humilde, mas ser manso não é ser bobo

José Ronaldo dos Santos
A realidade está constantemente nos ensinando. Por isso é preciso treinar a observação e ter claro a busca da felicidade.

A felicidade que não implicar a coletividade, ou o maior número possível de seres vivos (Sim! Todos os animais!), deve ser suspeita, pois pode muito bem não ser felicidade.

Recorrendo ao mito grego de Dédalo e Ícaro (pai e filho que escaparam da prisão voando), recomendo a todos, por razão muito evidente, que busquem no mar a sabedoria. Explico: de acordo com o mito, Ícaro, teimoso como guaiá guloso sobre a craca, não deu atenção às recomendações do pai (de não se aproximar dos raios solares, pois derreteria as asas confeccionadas com cera retiradas de colmeia e penas de pombos) e por isso acabou caindo no oceano. O pobre pai só pode fazer uma coisa: chorar. As suas lágrimas, após caírem no mar, foram recolhidas e transformadas em pérolas de sabedoria. Portanto, todos que são moradores da costa devem se esforçar para não deixar passar as oportunidades em que a sabedoria se oferece, principalmente refletindo na beira do mar, de preferência em rodas de causos. Agora, por exemplo, após ouvir a notícia que mais uma ambulância do litoral norte bateu em uma carreta e causou a morte de uma paciente, pergunto:

O que está faltando para uma atitude sábia?

É o melhor caminho deixar os motoristas impunes, que continuem causando mortes dos mais pobres e enfermos?

Deve-se aceitar a omissão do poder público em selecionar e fiscalizar o serviço, causando a infelicidade?

O que fazer para arrancar as pequenas e grandes parasitas que vivem do suor de quem trabalha?

Tenho certeza que muitas gotas de sabedoria foram deixadas pelas nereidas com o propósito de possibilitar a felicidade dos povos que estão junto ao mar.

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