Ubatuba

Ainda os sem-noção

José Ronaldo dos Santos
Depois de um apelo que fiz sobre uma condição deprimente e revoltante vivida no meu entorno, na passagem do ano e dias seguintes, tive a solidariedade de muitos. Outros colegas escreveram a partir dos sem-noção e de suas ações na nossa Ubatuba. Aproveito da oportunidade para parabenizá-los. Isso consola, porém uma chama angustiante continua. Afinal, cidadão é aquele que não deixa de ouvir os apelos para melhorar a convivência social. Agora vem a novidade: várias pessoas me relataram outras situações do meu bairro e de outros que nem mesmo conheço direito. Via telefone, por exemplo, recebi a notícia de sem-noção no Sumidouro que atormenta a vizinhança com som alto. Disse que o local até parece um cassino. É um grupo de sem-noção, por dedução, uma ninhada ativa e permanente. Eu recomendei, ao perceber a angústia da pessoa ao telefone, que procurasse as autoridades, constituídas e mantidas com as nossas contribuições, para registrar a queixa. Aí que vem o mais desesperador: a vítima afirmou que faz parte da vizinhança um policial militar e outro municipal. Estes, de acordo com quem relatou, demonstram apatia à situação; parecem não ver nem enxergar nada de anormal. Logo eu pensei: então, aquela faixa de alerta aos condutores sobre o volume do som, colocada em diversos pontos da cidade, só vale para carros? Portanto, o inferno está completo: pessoas decentes estão sofrendo duplamente, pois de um lado estão os sem-noção; de outro se encontra aqueles que deveriam coibir as ações contra o cidadão. Se tal fato for confirmado, um dos desafios cabe às corporações: aperfeiçoar a formação de seus agentes. Enquanto isso, gente do bem deve se unir para combater gente do mal; nunca se esquecer do exemplo das saúvas: são pequenas, mas ameaçam árvores gigantescas porque trabalham unidas. E, finalizando, a incompetência de poucos não pode se tornar uma incompetência coletiva como marca do nosso município.

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