Coluna do Celsinho

Fumaça

Celso de Almeida Jr.
Os ataques virulentos que a mídia governista vem promovendo contra vozes que questionam o governo municipal sinalizam que as coisas não vão bem.
O leitor que me acompanha, mas não me conhece, talvez não saiba que eu apoiei a reeleição do prefeito.
Vi qualidades nele.
Meu distanciamento ocorreu em função da forma como ele encara as vozes oposicionistas.
Não teria sentido eu me deixar seduzir pela proximidade do poder vendo gente séria, responsável, com história em Ubatuba, ser sistematicamente ofendida, atacada em sua vida pessoal e em seus empreendimentos.
Por diversas vezes, procurei alertar ao prefeito e seus principais articuladores que tal atitude não gera o ambiente necessário para a união de forças; importante postura na busca do desenvolvimento de qualquer território, especialmente em cidades pequenas como a nossa.
Ubatuba não pode se da r ao luxo de imaginar que somos conduzidos por iluminados.
Isto tanto é verdade que a administração municipal vem dando sinais de grave crise.
Tivesse o governo humildade para ouvir outras correntes de pensamento e habilidade para construir novas pontes de relacionamento, colheria hoje melhores frutos.
Mas, as ações do dia-a-dia revelaram mais agressividade do que solidariedade; ironicamente, partindo de um governo que declara ter grande vínculo aos preceitos cristãos.
Assim, com tanta contradição, deixei naturalmente de integrar a sua base política.
Meu jeito de ser não me permite silenciar quando constato ações típicas de perseguição política.
Como já experimentei isto na pele, mesmo nunca sendo candidato a nada, sei o estrago que um político no poder pode causar ao cidadão comum.
O que Eduardo César não entende é que ao apontar as falhas de seu governo ou apresentar propostas e sugestões, as vozes críticas contribuem para que ele não enfrente situações difíceis.
Se ele compreendesse esta boa fé, certamente entenderia que quem avisa amigo é.
Mas, paciência.
Sua opção foi pelo bombardeio.
No meu caso, tentarei assimilar o estrago.
Gostaria entretanto de registrar que lamento que o mesmo sorriso que soube buscar o meu apoio não se constrange em patrocinar ataques a minha pessoa, a minha família e aos nossos negócios.

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