Frases

Sobre o repetitivo mantra lulista

"É o nosso presidente quem faz questão de separar o Brasil em Norte e Sul. É ele quem faz questão de cindir o povo brasileiro em pobres e ricos. Infelizmente, é o líder máximo da nação que continua utilizando o factoide elite, devendo-se destacar que faz parte da estigmatizada elite apenas quem está contra o governo.”

Janaína Conceição Paschoal, advogada, professora associada de direito penal na Faculdade de Direito da USP, a respeito do caso "Mayara".

Nota do Editor - Um exemplo de empresário que já não pertende à elite: Abílio Diniz. Cotado para ser ministro adotou um discurso que agrada Lula e passou à nobre condição de ex-elite. Quem sabe na nova fase "povo" cuspa de lado ao ver alguém de olhos azuis. E coloque o abominável "de que" onde não cabe. Sidney Borges

Comentários

Saulo Gil disse…
É a Mayara tá certinha Sidney...rsrsr
Por essa não esperava, uma advogada da USP tem a pachorra de comparar uma classificação de "elite", ante palavras do tipo: "nordestino não é gente".
Certinho Sidney, continue publicando textos desse tipo que me sentirei cada vez mais a vontade em classificar certos colunistas como xenofóbicos.
É o cúmulo da inversão de valores, infelizmente, perceptível até para aqueles que não são considerados "gente"!
sidney borges disse…
Você estudou na USP?
Saulo Gil disse…
Nunca prestei vestibular para USP. Mas, acredito que não teria dificuldades para entrar. Além disso, acho que tive sorte, pois, na minha época de universitário mackenzista (faculdade que na época ficou à frente da USP na avaliação do MEC em alguns cursos), a USP passava por grande crise, greves, protesto, sucateamento e desligamento dos principais professores.
Não sei se hoje está melhor, mas, atualmente, vejo que não fez a menor diferença para minha formação pessoal ou profissional, a Universidade que cursei. Pelos fatos que marcaram a época, acho que foi até melhor essa minha opção de não querer fazer USP, afinal, também não me sentiria bem sendo formado por um Governo que se perpetua no poder público Estadual, utilizando todas as formas, lícitas e ilícitas.
sidney borges disse…
Entendi. No meu tempo a USP era considerada território livre, embora o governador fosse nomeado pelo governo militar. Naquele tempo um dos cursos mais procurados era Geologia, a Petrobras contratava os formandos antes do fim do curso. Era emprego certo. Também eram procurados os cursos do trio de ferro, Poli, Medicina e Direito. A ECA tinha apenas começado. Entrei na FAU em 1969, escola considerada de elite, com vestibular concorrido, mais de 2000 candidatos para 80 vagas. Lá tinha de tudo, desde filho de ministro a filho de pedreiro. Mas era uma elite, fato perceptível na hora do almoço quando os colegas músicos davam concertos no teatro da escola. Aliás, os músicos da primeira montagem do Hair eram alunos da FAU. Lula pertence à elite dos políticos. Abandone um grupo de 500 pessoas em uma ilha deserta e dois anos depois você terá uma elite dominando a maioria. Estamos no limiar de grandes descobertas que vão melhorar a vida. Tenho interesse nisso. Sobre elites, dá pra saber quem é quem pelo papo, embora muita gente acredite que a diferença está no carro ou na camisa. Bulshit.
Saulo Gil disse…
Certa vez li algo sobre essa teoria da ilha e as consequentes manifestações homosapiens diante da situação (confinamento). É impossível saber de fato o que aconteceria. Mas, nessa leitura, se não me engano de um texto de algum filósofo que não me recordo o nome, a problemática social criada no confinamento de seres estranhos em uma “ilha” foi tratada de maneira, no mínimo, mais abrangente, do que a simples previsão de dominação elitista. Para o autor (pena mesmo não me recordar quem), nesse caso as manifestações instintivas animais superariam (em algum momento) o procedimento baseado na racionalidade formada culturalmente pela sociedade real e pelos humanos confinados. Ou seja, para ele, e para mim também, dependendo das circunstâncias, a disputa desses seres nessa ilha em algum momento se tornaria animal, uma disputa simples de força. Portanto, a dominação no caso não seria da elite, seriam dos mais fortes fisicamente, ou dos mais perspicazes e capazes de construírem armas brancas, agregando valor a sua força física.
A elite no poder provou isso em São Paulo, afinal ela mesmo sabe estar baseada em uma dominação ilusória, que sempre necessitará dos cacetetes da PM, para continuarem manipulando e agredindo, estudantes, professores e pobres. E para esta última classe a ignorância cultural imposta é tão grande, que eles acabam marginalizados desse mundo de forças ilusórias, e percebem que um 38 gera muito mais poder de dominação momentânea, do que a moral xenofóbica e preconceituosa propagada como verdade por essa elite.
sidney borges disse…
Em situações de confinamento nasce uma ética própria. Os presídios mostram isso, o livro de Drauzio Varella, Estação Carandiru, trafega pelo tema com clareza. Eu citei a "ilha" como figura de linguagem. Em todas as sociedades humanas não submetidas a confinamento há elites. Sempre foi assim, não sei se sempre será, não arrisco prever o futuro. No Brasil existe mobilidade social,as elites paulistanas e paulistas têm origem na imigração européia a princípio e na migração interna depois, principalmente nordestina. Lula é um exemplo, retirante, teve oportunidade de crescer na vida a ponto de chegar à presidência. Antes tornou-se um legítimo representante da elite dos metalúrgicos como líder sindical. As pretensas elites xenofóbicas que tanto o incomodam ficaram divididas, a favor e contra o "Sapo barbudo". Mas sempre respeitaram a figura do presidente. Democracia é assim, tem Obama e tem Tea Party. Cada um escolhe o caminho. Livremente.

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