Dia bonito!

O fulcro da questão

Sidney Borges
Não gosto de ler opiniões de economistas sobre economia. Me fazem lembrar da Mãe Dinah. Jornalistas da área econômica são piores. Compram a plantação das fontes (economistas) e saem por aí escrevendo estultices. Talvez seja por isso que os jornais minguam. Pouco antes da quebra imperial de 2008, para ser mais preciso, uma semana antes, um prestigiado escriba das organizações Globo derramou-se em elogios ao sistema, segundo ele sólido e definitivo. O cabeçudo não desconfiou que não existe a possibilidade de que todos ganhem fortunas sem trabalho. Ele deve acreditar em milagres pois é regiamente pago para discorrer sobre o que não sabe. E ainda por cima ser levado a sério.

O que acabei de escrever é tido na imprensa moribunda como nariz de cera. Felizmente sou o dono do Blog e não obedeço a ninguém, só aos leitores, abundantes como meus três cabelos. Ondulados!

O Fed vai lançar 600 bilhões de dólares no mercado. O que isso significa? A resposta correta é: depende do referencial. O Brasil certamente receberá parte do ervário em busca de lucro. Nossos juros são atraentes. Para o governo o impacto imediato será positivo, mas sempre há efeitos colaterais. Com o real valorizado nossos produtos de exportação encarecem enquanto as traquitanas chinesas ficam mais baratas e complicam a vida dos fabricantes tupiniquins.

Para os Estados Unidos, cuja economia vai mal, não dá para avaliar o significado da medida. O que notável é que nas bandas de lá urge mudar conceitos. Ou os acontecimentos futuros serão similares aos da União Soviética que afundou por falta de eficiência.

Nos anos do pós-guerra quem quisesse um carro escolhia entre Ford, Chevrolet, Nash, Chrysler, Studebaker e outras marcas menos famosas. A maioria com origem nos Estados Unidos. Televisores, rádios, eletrodomésticos e máquinas em geral também tinham procedência americana. Hoje a escolha é ampla, a concorrência aumentou a oferta e baixou os preços. A área do computação e derivados garantiu o faturamento e a gastança dos sobrinhos de Tio Sam até 2008, quando o sonho acabou. O concorrência começou a dominar o segmento também.

O complexo militar intervencionista é dispendioso e inútil. Não há inimigos a serem batidos com tanques e aviões, o terrorismo deve ser enfrentado com inteligência, coisa rara nos Estados Unidos. O "american way of life" sempre preferíu motores potentes em detrimento da aerodinâmica. Mais arrasto, mais gasto.

Não há solução mágica para os problemas do império. Uma possibilidade de recomeço seria gastar menos, produzir mais e rezar para que terremotos e vulcões tirem do mapa Japão, Coréia, Alemanha, China e Índia.

O Brasil não, ninguém é tão generoso com os juros.

Deus proteja esta terra bonita por natureza e abençoada pelos papas desde 1500. E vamo que vamo...

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