Piquenique


Eu, farofeiro...

Sidney Borges
Domingão ensolarado. Íamos na Kombi do Tóni, primo do meu pai. Praia Grande, com passagem pela Ponte Pênsil em São Vicente quando todos gritavam huuuu! E ríamos muito. Também abaixávamos as cabeças nos túneis da serra. Huuuuu! Como era divertido. Eu que sou branco como um lençol ficava vermelho. Igual camarão cozido. Na foto não aparecem as tias e primas gordas, fugiram. Eu também não estou nela, naquele momento enfrentava perigosas ondas na boia junto com primos e amigos da praia. Tentávamos fugir da mira do U-Boat nazista. Deu certo, os boches não nos viram, ou se viram não conseguiram atirar, minha mãe me chamou antes da batalha para a bóia, desta vez com acento. Frango, maionese, farofa, guaraná e sanduíche de aliche com salsinha. Foi nessa época que eu comecei a pensar em fabricar uma cola derivada de salsinha. Nunca vi coisa tão grudenta, prende nos dentes e quando você sorrí "cheese", pensando estar abafando, fica mal na foto, sai parecendo banguela. 

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