Vida besta

Zézinho, Ricardo, Cidinha...

Sidney Borges
Conheço o Zézinho desde 1954, ele até foi foi comigo visitar a Crush em 1955, na excursão da "Escola Mista São Pedro do Pari". Depois da infância continuei a vê-lo esporadicamente no cartório onde ele trabalhou até se aposentar. Adultos, ficamos mais de 30 anos sem nos ver até que um dia ele teve a idéia de fazer uma página na internet sobre o bairro do Pari, onde fomos criados.

Durante meses visitei a página, até esquecer a senha.

Há algumas semanas recebi um e-mail informando da morte do Jerônimo Ricardo Simone, meu amigo de adolescência, com quem travei feroz polêmica sobre o local do nascimento de Shakespeare.

Eu dizia Stratford-on-Avon, ele Stratford-upon-Avon. Ficamos sem nos falar por algum tempo até descobrirmos a dualidade onda-partícula. Ele então gentilmente me apresentou Dave Brubeck e deixamos a polêmica de lado.

Fiquei triste quando soube da morte do Ricardo, eu queria saber mais e não tinha a senha do site para falar com o irmão dele, preparei-me para pedir socorro pro Zézinho.

Súbito chegou a notícia. O Zézinho morreu.

Sem mato e sem cachorro, recorri à minha amiga Cidinha, com quem costumo trocar impressões literárias. Certamente ela me daria detalhes das mortes prematuras.

Chamei-a no Skype. Ela não atendeu. Tornei a chamar, sem resposta. Na quarta feira passada, dia 22, recebi  um recado:

Sidão, tudo bem? Falei com meu marido ontém, ele disse que vc. tem me chamado. Estou fora, passeando um poquitito e hablando  portunhol.

Volto dia 28. O programa está corrido, e tenho tido pouco tempo pro netbook.

Beijão e até.

Ontem pela manhã, logo cedo a Yara ligou chorando:

A Cidinha teve uma parada cardíaca em Foz do Iguaçu e não resistiu.

Estou perplexo.

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