Saúde

Ubatuba: falta de médicos e longa espera por consultas e cirurgias na Santa Casa da cidade

Do VNews (original aqui)
Receber atendimento médico em Ubatuba tem sido um desafio para os moradores. Faltam médicos e a espera por consultas e cirurgias é muito longa. Quem não pode aguardar pela solução busca "socorro" em outras cidades.

Ricardo Picchi fraturou a bacia num acidente de bicicleta. Exames feitos na Santa Casa de Ubatuba constataram a necessidade de uma cirurgia. Isso foi há mais de um mês. E até agora, o procedimento não foi realizado.

"Eu só estou aguardando a decisão da Santa Casa para eu poder operar. Me sinto jogado às traças. Preciso de uma ajuda e quem pode me ajudar não me dá atenção", afirma.

Sem trabalhar, ele tem dificuldade pra comprar os remédios que toma para aliviar a dor.

"Tem o serviço já contratado e não posso sair daqui para trabalhar. Eu preciso trabalhar para sustentar minha casa. As contas estão correndo", conta.

Quem depende dos serviços prestados pela Santa Casa reclama também da falta de médicos. Sem saída, alguns pacientes acabam procurando tratamento em outras cidades.

"Já fui para Pinda, para São José, para Taubaté, porque aqui está complicado médicos em certas especialidades", conta o zelador Idenei Junior.

Em 2005, a Santa Casa sofria com falta de remédios e equipamentos, e passou a ser administrada pela prefeitura. Dois anos depois, alguns setores foram terceirizados, mas questões como falta de profissionais não foram solucionadas.

Há dois meses e meio, a prefeitura deixou a administração da unidade, que passou a contar com uma consultoria da Cruz Vermelha.

"A gente vai colocar tomógrafos, fazer um ambulatório de especialidades, reestruturação de todo o funcionamento do hospital, mas é um processo lento, progressivo que ainda vai ter resultados a médio-longo prazo", explica o diretor técnico da Santa Casa, Lavousier Leite.

De acordo com levantamento feito pela Santa Casa, 400 pessoas são atendidas diariamente. Mas apenas 20% são casos emergenciais ou urgentes. O atendimento ambulatorial, que deveria ser feito nas unidades básicas de saúde do municipio corresponde a 80%.

"Talvez a criação da UPA (Unidade de pronto-atendimento) venha a ajudar desafogar um pouco a Santa Casa e a demora no atendimento fica muito em função do número de pessoas que nos procuram todos os dias", afirma Leite.

O secretário de saúde de Ubatuba, Clingel Frota, disse, por telefone, que o quadro de médicos na Santa Casa está completo e que atende a demanda da cidade.

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