Papo do Editor

Kaká no banco. Dos réus.

Sidney Borges
Finalmente o Brasil estreou na Copa. As impressões deste blog sobre a partida estão postadas abaixo. Repetindo o que escrevi ontem, foi um bom jogo com um erro no final. Marcamos dois e levamos um. Enquanto os cães ladram pelas encostas do Vidigal, Dunga contempla o mar revolto em traje de almirante.

Dunga é assim, pensa no resultado, aborrece críticos, convoca errado, mas até agora tem vencido e como tal saboreado os tubérculos.

Depois do jantar terminei a terceira releitura de "Chatô, o Rei do Brasil", de Fernando Morais. O tempo passa e nada muda, enquanto nossos patrícios d'além mar esperam a volta de D. Sebastião, o povo brasileiro também aguarda um redentor. Lula pega carona no bolsa-família e veste a casaca. "Eu redescobri o Brasil, Eu salvei o país da pobreza, Eu sou a nação, Eu sou o Rei do Brasil. Eu sou lindo, divino e maravilhoso". Em breve ele talvez diga por ai que é o Rei do Mundo. "Dom Lulo I, o mais tudo". Claro que antes da eleição, a partir de 2011, sem a caneta na mão, Lula perderá o trono. Males da democracia, o amigão Fidel nunca deixou de ser Rei. E vão passando os dias da Copa, alegres, festivos, antecedendo a campanha política que nada terá de alegre e pouco será festiva.

Por falar em campanha, está pipocando no ar a dúvida. Quem tem condenação por improbidade administrativa, transitada em julgado, vai poder se candidatar? Na eleição passada alguns políticos nessa situação conseguiram dar o pulo do gato e driblar a legislação. Será que com o clamor da sociedade conseguirão outra vez?

Voltando aos prolegômenos, depois do fim do livro liguei a TV. Passei pelos programas esportivos, mesas redondas onde os que entendem de futebol explicam aos mortais comuns o que aconteceu em campo. 

Escolhi fixar residência onde davam notas aos jogadores. Kaká foi reprovado, tirou 4,5. No conselho de classe foi uma espinafração só, tive a impressão de que a próxima ação será chamar o pai dele.

Hoje jogam Chile e Honduras, terra de Zelaya, esquerdista de trincar, vermelho até à medula.

Ontem encontrei um comunista torcendo pela Coreia do Norte, segundo ele a última nação a representar o verdadeiro socialismo. E ainda tive de ouvir:

- Te cuida burguês, os dias de glória estão chegando.

Por precaução dormi de botina. Cruz credo!

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