Jornalismo

Restrições profissionais na web

Do Webmanário
O Globo divulgou na quinta-feira o que chama de “Estatuto das Eleições 2010“.

No conjunto, são medidas absolutamente dentro do bom senso, como sugerir aos seus jornalistas que não usem “distintivos, camisetas ou qualquer peça de propaganda de candidatos”.

A peça de dez regras e alguns adendos, porém, faz marcação cerrada contra os perfis pessoais dos funcionários em sites como Twitter e Facebook, porque “na prática, qualquer conteúdo publicado nas redes sociais poderá ser associado à linha editorial do jornal”. É? Se for, é um erro de quem faz a associação.

As restrições vão além e versam até sobre prática do retweet e adição de “amigos”.

“No caso específico do uso de Twitter e/ou outros microblogs, fica vedado ao funcionário do GLOBO a prática de reenvio (“retweets”) de conteúdos publicados por partidos políticos ou candidatos. Também não será permitido usar o serviço para propagar links para sites (pessoais ou institucionais) que contenham propaganda político-partidária, ou que sejam tanto ofensivos quanto elogiosos a determinado candidato.

Se, por necessidade profissional, jornalistas precisarem adicionar candidatos ou partidos políticos como “amigos” em páginas do Facebook, Orkut e demais sites de relacionamento, devem fazê-lo de forma equilibrada, evitando restringir a prática a apenas um determinado candidato ou partido. As inclinações políticas de jornalistas do GLOBO não devem aparecer também em seus perfis pessoais nesses e em outros sites de relacionamento.”

Da forma que foi redigido, o estatuto invade um terreno perigoso e indefensável.

Outras restrições, em outros veículos, certamente virão.

Twitter

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