Socialismo

Meteorito francês

Do Ex-Blog do Cesar Maia
Maximilian Sánchez é o novo embaixador da Venezuela no Brasil. Maximilian Sánchez nasceu e passou toda a sua vida na França. Nunca viveu na Venezuela. Em 2001, o inquieto jovem francês oferece seus serviços para a delegação diplomática bolivariana em Paris. Sua identificação com Hugo Chávez chega aos limites do fanatismo. Mas o francês não deseja outra coisa que não viver o processo revolucionário desde seu começo. Quer tostar sua branquíssima pele francesa ao sol de Caracas. Pelos seus militantes serviços, a embaixada da Venezuela em Paris entrega-lhe um passaporte bem “créole” (filho de europeu ou africano nascido na América). O documento foi obtido como quem compra um biscoito. Com o passaporte na mão, voa para o que será sua segunda pátria.

O Palácio Miraflores integra-o em sua célula internacional. Nesse mesmo ano, sua crise de identidade se atenua. Imediatamente o governo lhe entrega uma carteira de identidade e o eleva a condição de ilustre cidadão venezuelano. Resta a este "musiuito" um exercício linguístico. Deve excluir o “erre” gutural, que revela cada vez que fala suas origens francesas. Maximilian Sánchez aterrissa na Venezuela com um currículo precário.

Sua única experiência foi trabalhar como vigia em uma escola de idiomas. Em Paris, cursou Direito, mas nunca terminou. Na história da diplomacia venezuelana, Maximilian Sánchez é um caso atípico. Obtém a nacionalidade venezuelana em 2002, e oito anos depois é designado, nada mais, nada menos, que chefe da delegação diplomática no Brasil. Pela velocidade de sua ascensão, alguns chavistas - não sem razão - apelidaram-no o “meteorito francês".

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