Mundo

Diplomacia nuclear

Sidney Borges
O acordo firmado no Irã, em que pesem as boas intenções do presidente Lula, deixou em aberto algumas questões, como bem frisou o jornal O Globo em editorial. 

"A quantidade de urânio que o Irã se comprometeu a enviar ao exterior representa, hoje, percentual bem menor do estoque total do país do que quando o plano foi inicialmente apresentado pela AIEA, em outubro de 2009.

O acordo não faz qualquer menção à necessidade de o Irã abrir instalações nucleares à inspeção internacional, vital para constatar a finalidade do programa, se puramente civil ou também militar.

Imediatamente após o acordo ser fechado, o Irã anunciou que continuaria a enriquecer urânio."

Além do mais o urânio enriquecido a 20% não serve para finalidades bélicas. A comunidade internacional teme que caia em mãos de extremistas.

Em termos militares ter uma bomba ou duas não altera o jogo. No entanto, se usado em atividades terroristas, o urânio a 20% pode causar sérios transtornos. Uma bomba comum contendo pastilhas de combustível nuclear de 2 cm de altura e 1,5 cm de diâmetro, facilmente contrabandeáveis, pode causar tantos problemas quanto uma bomba atômica. No primeiro momento não haverá destruição de prédios nem matança generalizada. A conta será apresentada aos poucos. A contaminação radioativa tornara a região inabitável por dezenas, ou centenas de anos. As pessoas expostas terão problemas de saúde, morrerão de câncer. 

O quadro está esboçado, faltam retoques finais. Um dia as organizações terroristas terão acesso ao veneno nuclear. Só restará então gritar: salve-se quem puder.

Quando aportei neste planeta nem de longe me passou pela cabeça que estava chegando a um hospício lotado de "napoleões" furiosos.

Se soubesse continuaria no espaço...

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