Deu na Folha

Efeito "jovem viúva" surpreende o INSS

da Reportagem Local (original aqui)
O casamento entre mulheres jovens e trabalhadores mais velhos ou já aposentados passou a ser um dos nós da Previdência Social brasileira, que hoje concede por ano 30 mil pensões para beneficiários de casamentos em que a diferença de idade era superior a dez anos, informam Julianna Sofia e Andreza Matais em reportagem na Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo o Ministério da Previdência, atualmente 605 viúvas de 15 a 19 anos recebem pensão por morte. Os números levantam a suspeita de que podem estar ocorrendo casamentos forjados para assegurar às famílias a manutenção do benefício após a morte do aposentado. A cada ano, as novas concessões para jovens viúvas aumentam em R$ 280 milhões os gastos da Previdência, considerando o atual valor médio dos benefícios: R$ 713,14.

No total, são concedidas por ano aproximadamente 360 mil pensões por morte. O segmento já representa 30% dos 23,5 milhões de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esses benefícios por morte consomem R$ 50 bilhões por ano.

"A concessão de pensões a casais com diferença superior a dez anos já representa um mês por ano do total de benefícios concedidos desse tipo. Essas pensões terão longa duração, sem contar a diferença de cinco anos que a mulher vive a mais que o homem", disse à Folha Helmut Schwarzer, dias antes de deixar o cargo de secretário de Previdência Social.

Nota do Editor - É o triste jeitinho brasileiro em ação. Certamente aconteceria em qualquer parte do mundo onde vicejasse impunidade semelhante à que campeia em terras tupiniquins. Nunca me canso de dizer que este é o país dos espertos, aqui de um dia para o outro alguém enriquece ocupando cargo público de terceiro escalão e passa a exibir riqueza incompatível com a origem familiar e com os proventos que recebe. E o chefe elogia, embora nem desconfie que é considerado sócio e que denúncias começam a ser feitas na Receita Federal, na Polícia Federal e no Tribunal de Contas. Um dia a casa cai, todos sabem que se um evento pode ocorrer, ocorrerá, é mera questão de tempo. Na década de 1980 um grande banco fez um plano de assistência médica inigualável. Os clientes pagavam uma taxa comedida e recebiam um talão de cheques para pagar contas referentes a tratamentos, incluíndo internações hospitalares e honorários profissionais. Sem burocracia, funcionava na base da confiança mútua. Durou pouco, alguns espertinhos começaram a internar empregados e apresentar contas fora do contexto. O banco extinguiu o plano. Todos perderam. Alguns ganharam, vitória de Pirro, quando precisaram de internações tiveram de abrir a carteira. Não existe esperteza que dure para sempre. Maluf nunca admitiu ter contas no exterior. O grande prazer da vida dele era passar parte do ano em Paris, onde tem apartamento. Não sei se Maluf é esperto, bobo ele não é, mas se tentou ser muito esperto deu-se mal. Nunca mais irá a Paris. Aqui ele é livre para ir e vir, mas caso coloque os pés fora das fronteiras do Brasil será preso. Mudando de pato para ganso. Publiquei pela segunda vez a foto da vegetação que atrapalha a visão quando o motorista entra na rotatória da entrada da cidade. Pensei em colaborar, não quero que alguém perca a vida por um detalhe tão insignificante. Para resolver o problema basta mandar um funcionário cortar trinta centímetros de sebe. Um puxa-saco profissional, daqueles que grudam nos pelos púbicos das autoridades enviou-me um comentário anônimo dizendo que com jeitinho dá para passar. Recusei-me a publicar, é muita desfaçatez, o cara não deve ter carro ou não sabe dirigir, caso contrário não escreveria a estultice. Claro que dá para passar, mas o que custa cortar o mato e deixar a visão aberta? Será que qualquer sugestão bem intencionada sempre será vista como sendo de oposição? O que mais me salta aos olhos é que os indivíduos que elogiam facilmente mudam de lado assim que a conveniência exige. Hoje lambem os pés e o que mais for permitido, daqui a um ano estarão atirando pedras. (Sidney Borges)

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Comentários

Anônimo disse…
"Publiquei pela segunda vez a foto da vegetação que atrapalha a visão quando o motorista entra na rotatória da entrada da cidade. Pensei em colaborar, não quero que alguém perca a vida por um detalhe tão insignificante. Para resolver o problema basta mandar um funcionário cortar trinta centímetros de sebe. Um puxa-saco profissional, daqueles que grudam nos pelos púbicos das autoridades enviou-me um comentário anônimo dizendo que com jeitinho dá para passar. Recusei-me a publicar, é muita desfaçatez, o cara não deve ter carro ou não sabe dirigir, caso contrário não escreveria a estultice. Claro que dá para passar, mas o que custa cortar o mato e deixar a visão aberta? Será que qualquer sugestão bem intencionada sempre será vista como sendo de oposição? O que mais me salta aos olhos é que os indivíduos que elogiam facilmente mudam de lado assim que a conveniência exige. Hoje lambem os pés e o que mais for permitido, daqui a um ano estarão atirando pedras."

Ah, Sidney, sua arrogância não tem limites mesmo. Você me chamou de puxa-saco (eu escrevi sobre poder passar ali, mesmo com o mato crescido), portanto posso qualificá-lo. Não me identifico por razões pessoais importantes, mas parece que não me fiz entender. Você fez a tempestade no copo d'água "que alguém perca a vida por um detalhe tão insignificante"), quase crucificando uma autoridade qualquer pelo mato crescido. Eu afirmei que o mato não impedia a visão de quem, corretamente, parasse seu carro no local adequado para olhar para a direita. Não impedia, você reconheceu ("dá pra passar"). Não falei em "jeitinho". Quis dizer que apenas os apressadinhos, justamente os que querem levar vantagem em tudo, é que se atrapalhariam e correriam eventual risco de vida ali. Lamento não ter sido mais claro - teria sido poupado de um epíteto que, francamente, não serve para mim - é tudo o que não sou. Claro, claríssimo, que não custava nada cortar. Tanto que já cortaram, graças provavelmente à sua colaboração. Achei que o assunto era, como você diz, insignificante demais para o barulho feito. Como se alguém da oposição quisesse achar mais assunto para espinafrar a Prefeitura. Há coisas piores acontecendo, e você nem lhufas.
Lamento.
sidney borges disse…
Meu caro, sobre o que há e eu nem "lhufas', como você afirma, nada posso fazer. Como eu disse ontem, respondendo a outro anônimo, jornalismo não se faz sem fontes e estas são escassas em Ubatuba. Escrevi sobre um problema que senti na pele, moro na Ressaca, passo todos os dias na rotatória. Nos feriados, quando o tráfego era intenso, por diversas vezes fui pressionado por quem estava há horas na estrada. Tive dificuldades em função da sebe alta. Você teve experiência parecida? Quanto ao arrogante, é seu direito ter essa opinião. Minha presença incomoda a quem vive fazendo mesuras a Deus e ao Diabo. Fora isso sou um ignorante assumido, mas suficientemente humilde para nunca parar de aprender.

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