Brasil

PT radicaliza programa de Dilma

Partido reforçou guinada à esquerda ao aprovar emendas e apresentar mudanças durante congresso nacional

Vera Rosa, Clarissa Oliveira e Wilson Tosta
O PT decidiu radicalizar o programa de governo da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que será aclamada hoje como candidata do partido à sucessão do presidente Lula com um discurso contundente de herança governista. A guinada à esquerda foi reforçada ontem, quando o 4º Congresso Nacional do partido aprovou emendas às diretrizes do programa de governo de Dilma.


As mudanças pregam o combate ao monopólio dos meios de comunicação, cobrança de impostos sobre grandes fortunas, apoio incondicional ao polêmico Plano Nacional de Direitos Humanos e jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução do salário.

Na tentativa de se aproximar do Movimento dos Sem-Terra (MST), o plenário petista também deu sinal verde para encaixar na plataforma da campanha de Dilma a atualização dos índices de produtividade para efeito de reforma agrária. Intitulado A Grande Transformação, o documento manteve o mote do projeto nacional de desenvolvimento, com ampliação do papel do Estado na economia e fortalecimento dos bancos públicos.
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Nota do Editor - O Estadão exagera quando fala em radicalização. Cobrar impostos das grandes fortunas não tem nada de esquerdismo. É apenas uma correção no rumo do capitalismo cartorial brasileiro onde paga mais quem ganha menos. Reduzir a jornada de trabalho é uma velha aspiração dos sindicalistas que deram origem ao PT. O ítem foi colocado como balão de ensaio, conforme a repercussão some sem deixar vestígios. Quanto ao apoio ao MST, nada muda. O movimento já conta com o beneplácito do governo de quem recebe polpudas verbas. (Sidney Borges)

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