Brasil

Luiz Inácio falou

Sidney Borges
O presidente Lula discorreu longamente sobre política e futuro em entrevista ao Estadão. (aqui) Enquanto isso o ex-ministro José Dirceu, em sua coluna semanal no Blog do Noblat, (aqui) falou sobre o Lulismo e o PT. Partindo do princípio de que o "futuro a Deus pertence", é possível dizer que mantido o quadro democrático a situação política de Lula é no mínimo incômoda, por mais paradoxal que possa parecer.

Sem a perspectiva de participar diretamente da disputa, coisa que não acontece desde a redemocratização, Lula disputou todas as eleições desde 1989, o presidente será mero torcedor no pleito deste ano. E nessa condição permanecerá nos próximos quatro anos caso Serra saia vencedor. Eu acredito que essa seria a melhor opção para Lula e o Lulismo. Durante o governo tucano "Lula ternurinha" seria esquecido. Voltariam os velhos tempos em que o "Sapo Barbudo" era contra tudo e odiava Sarney e Collor.

Mas é bom lembrar que no caso de vitória de Dilma, Lula ficará fora do governo por oito anos. Na melhor das hipóteses. Poderá ficar doze caso Dilma não consiga a reeleição e o sucessor seja reeleito.

Na entrevista Lula diz que Dilma não é vaca de presépio, não vai deixar de concorrer à reeleição para abrir caminho para ele. Concordo e também concordo quando diz que rei posto é rei morto.

Vale a pena ler e ouvir a entrevista, está no link. Mostra um Lula amadurecido, distante do esquerdismo infantil que povoa o imaginário de grande parte da militância petista.

Lula me faz lembrar do professor Florestan Fernandes que um dia se referiu aos petistas que estavam em uma reunião:

- Olhe para eles, não pense que são de esquerda. São sindicalistas querendo melhorar de vida.

É a mais pura verdade, o que todos querem é melhorar de vida. Alguns de forma honesta. Roubar remédios de velhinhos e leite de criancinhas não tem graça.

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