Memórias

Pelota Basca

Sidney Borges
Uma coisa acabou puxando outra e sem querer fui parar onde não tinha intenção de ir. Ontem dei uma remexida em gavetas que não eram abertas há muito tempo, acho mesmo que nunca tinham sido vasculhadas em Ubatuba. Estavam do jeito que chegaram aqui em 25 de janeiro de 2001, dia da mudança.

No meio de coisas que guardei sem saber o porquê, uma foto do meu avô materno me levou ao ano de 1962. Foi quando vi pela primeira vez uma cancha de Pelota Basca, ou Frontão. Ao chegar em casa contei entusiasmado sobre jogadores que lançavam bolinhas contra um paredão usando cestas de vime que pareciam unhas gigantes. Meu avô deu nome aos bois. Você viu um jogo de Pelota Basca. E continuou: quando me mudei para São Paulo tinha uma cancha na Rua Boa Vista. Os jogadores eram espanhóis. Havia apostas altas. É um jogo movimentado que exige habilidade física.

Não sei a razão de ter me lembrado dessa conversa, meu avô era de pouco falar, de vez em quando abria exceção para o Corinthians. Como sou torcedor do São Paulo e aprendi a não contrariar os mais velhos, nossos papos eram fugazes.

Quando coloquei ordem na gaveta já passava das 22h00. Fui dormir, tenho acordado cedo para caminhar antes que o dia esquente. Não gosto de ser repetitivo, mas quero ser um mico de cavalinhos se este não é o início de ano mais quente da minha vida.

Hoje procurei no Google referências sobre a prática de Pelota Basca em São Paulo e acabei encontrando uma foto do Largo São Bento do início do século XX. Publiquei a foto e o texto correspondente, no final coloquei a fonte. Sugiro aos leitores que entrem no site. Tem coisas interessantes sobre arquitetura do século passado.

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