Manchetes do dia

Quinta-feira, 14 / 01 / 2010

Folha de São Paulo
"Terremoto no Haiti mata milhares; Zilda Arns e 14 brasileiros morrem"

Tremor foi o pior na região em 200 anos; comandantes militares do Brasil no país relatam situação dramática

Os chefes militares brasileiros no Haiti fizeram um dramático relato ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que chegou à base brasileira na capital, Porto Príncipe, um dia após o pior terremoto na região em 200 anos. "As prioridades são médico, água e material de engenharia",afirmou o comandante da missão de paz da ONU, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto. Na base estão 05 corpos das 15 vítimas brasileiras confirmadas - 14 soldados que integravam a missão e a médica Zilda Arns, 75, fundadora da Pastoral da Criança. O Exército informou que, além dos 14 mortos, estão desaparecidos 4 dos 1.266 militares brasileiros que integram a missão, iniciada em 2004. Zilda Arns viajara ao Haiti para organizar religiosos para ação nos moldes da Pastoral da Criança, que no Brasil acompanha mais de 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos. O governo do Haiti estima em "centenas de milhares" as mortes no terremoto, de 7 graus na escala Richter, classificado de "catástrofe inimaginável" pelo presidente René Préval. O cenário no país é de destruição, com sobreviventes procurando conhecidos entre cadáveres e saques na capital. No trajeto do aeroporto à base brasileira, a reportagem da Folha viu prédios destruídos, corpos cobertos e haitianos feridos pedindo ajuda. Os EUA prometeram mandar militares e ajuda humanitária; o Brasil enviaria ontem à noite avião da FAB com 13 toneladas de água e alimentos.

O Estado de São Paulo
"Tragédia no Haiti: Terremoto mata pelo menos 30 mil e deixa Haiti em colapso"

Entre os mortos, há 12 brasileiros; país agora depende ainda mais da ajuda internacional

O forte terremoto que atingiu o Haiti, no Caribe, anteontem pode ter matado entre 30 mil e 50 mil pessoas, segundo o presidente René Préval. A morte de 12 brasileiros já foi confirmada: a médica Zilda Arns, de 75 anos, fundadora da Pastoral da Criança, e 11 militares que integravam a missão de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil. Entre os desaparecidos, está o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da missão. Ele está sob os escombros da sede da ONU em Porto Príncipe, um dos muitos prédios destruídos. Especialistas dizem que ainda podem ocorrer tremores nos próximos dias. O terremoto de 7 graus na escala Richter, com energia equivalente a 30 bombas de Hiroshima, devastou um país marcado por golpes, pobreza e violência. Com a tragédia, que afetou instituições já frágeis e os organismos de apoio, o Haiti dependerá ainda mais da ajuda internacional.

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