Enquanto a noite não desce...

Pensamentos ao entardecer

Sidney Borges
O carrinho que apregoava pamonha, pamonha, pamonha sumiu. Pamonha de Piracicaba. Era franquia, tinha em todo lugar. Eu soube que a pamonha não era exatamente de Piracicaba, a receita talvez fosse, mas havia muitas fábricas espalhadas por esse mundão afora. Por que será que sumiu? As pessoas não gostam mais de pamonha? Eu nunca gostei, não tenho tendências galináceas, milho e derivados não me atraem. Jack Daniel's prova a velha tese: toda regra admite pelo menos uma exceção.

Some um, aparece outro, apregoadores sempre existirão. Os de gás engarrafado continuam espalhando no éter músicas tristes. Hoje foi comovente ver a melancolia que se apossou de meu cão Brasil ao ouvir os acordes de Pour Elise. Fiquei tão desconcertado que sentei-me ao lado e fizemos dueto uivando. Ele me olhou com ar surpreso, deve ter pensado: isso é que é amigo, cuida de mim, me dá comida, passeia comigo e ainda por cima sabe uivar. Definitivamente o melhor amigo do cão é o homem. Brasil é filósofo. Depois das considerações a respeito da simbiose homem-cão saiu na maior vula atrás da borboleta azul...

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