Em 12 de fevereiro de 1974, o Mercure 100 foi certificado na França, e em 30 de setembro do mesmo ano foi certificado para operar ILS Cat IIIA e pouso automático. Algumas poucas empresas demostraram interesse na aeronave, mas nenhuma chegou a encomendar o modelo, a não ser a Air Inter, uma operadora doméstica francesa.

O motivo de tal falta de interesse pode ser explicado basicamente por alguns fatores econômicos, como a Crise do Petróleo de 1973 e grande desvalorização do dólar nessa época, que tornou o avião caro demais para operadores estrangeiros.

Mas o maior motivo do fracasso foi a pequena autonomia da aeronave, suficiente para curtos trajetos domésticos europeus, mas inviável para rotas mais longas, como as domésticas norte ou sul americanas e asiáticas. Com sua carga paga máxima, a autonomia do Mercure era de apenas 700 Km, muito pequena até para a Europa Ocidental.

Marcel Dassault chegou a propor um modelo melhorado e com mais autonomia, o Mercure 200, que nunca saiu do papel. A Air Inter adquiriu 10 aeronaves Mercure 100 de produção. O segundo protótipo foi convertido em aeronave de linha e entregue à Air Inter, que operou então um total de 11 aeronaves, até 1995.

Com apenas 12 aeronaves produzidas, o Mercure teve pior desempenho que outros notórios fracassos comerciais, como o Concorde (20 unidades, incluindo protótipos) e o Saab Scandia (18 aeronaves). Seu único operador foi a Air Inter.

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