Deu em O Globo

Governos e banqueiros em guerra

Executivos financeiros criticam regulação proposta por autoridades

Do Blog do Noblat
O Fórum Econômico Mundial, em Davos, abriu ontem com uma disputa aberta entre banqueiros e governantes. Passado o susto da maior crise financeira desde 1929, bancos e outras instituições financeiras voltaram com força a Davos, reagindo à proposta de maior regulação sobre os mercados. Mas líderes políticos, como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, engrossaram o tom.
Num discurso vigoroso na abertura oficial do Fórum, Sarkozy se queixou de “comportamentos indecentes” e “lucros excessivos”.


- Só vamos salvar o capitalismo se o refundarmos, tornando-o mais moral — disse Sarkozy, num dos discursos mais radicais na abertura do Fórum.

Horas antes do discurso do presidente francês, representantes de grandes bancos defenderam menos regulação, dizendo que o cerco ao mercado vai reduzir emprego e gerar outras crises no futuro. O presidente do banco inglês Barclays, Bob Diamond, alertou para a possibilidade de um êxodo de bancos de Londres e Nova York na direção de outros centros financeiros, em Cingapura, Taiwan ou Zurique. (Original aqui)

Nota do Editor - Sarkozy quer refundar o capitalismo. Com menos lucros dos bancos. Fica no ar a dúvida: o discurso foi sincero ou jogo de cena? Sarkozy é político, sabe que seu emprego depende de votos e que para conseguir votos é preciso dinheiro e quem tem dinheiro são os banqueiros. Bingo. Nenhum político afronta a banca impunemente, só os reis absolutistas tinham poder para tanto. O absolutismo acabou em 1789. Nos anos da década de 1960 o diabo vivia encarnado na Terra, disfarçado de banqueiro. Seu nome era Rockefeller. Faça o sinal da cruz e bata na madeira. O sócio brasileiro dele continua ativo. É amigão do Lula. E vai ser amigão do futuro presidente, seja quem for. (Sidney Borges)

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