Do Editor
Jornalismo e Democracia
Sidney Borges
Quando saiu a entrevista de Cesar Benjamin na Folha, com pesadas insinuações contra Lula, expressei no Ubatuba Víbora a minha opinião. Eu não publicaria antes de ouvir as testemunhas. No dia seguinte li um jornalista justificando a publicação e dando um exemplo pessoal.
Contou de uma fala do Mário Amato, notório frasista, que foi publicada e causou celeuma. No contexto da frase, politicamente incorreta por atribuir inteligência a uma mulher, apesar da condição feminina, e por esta mulher exercer alto cargo no governo, até seria publicável não fosse o momento em que foi proferida. Amato estava brincando em almoço de confraternização, rodeado de homens que tinham tomado algumas taças de vinho.
Muito do que é dito nesses momentos não expressa o que de fato vai pela cabeça de quem diz. Devo também acrescentar outra opinião pessoal: o politicamente correto é um refúgio de calhordas. O jornalista em questão precisava aparecer, buscar seus quinze minutos de fama. Conseguiu. Cesar Benjamin também conseguiu.
O ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, criticou a forma de agir do jornal. Com palavras diferentes corroborou a minha opinião.
A Folha tem bons colunistas que justificam a leitura do jornal. Mas sem eles não sobra muita coisa. No futuro os jornais serão como ela é hoje, terão colunistas talentosos, entrevistas e resenhas. E pouco peso político.
Na mesma linha opinativa, venho dizendo o que ninguém parece enxergar, ou se vê, cala. No ano que vem termina a era Lula. Tanto faz Dilma ou Serra ou Aécio ou mesmo a improvável Marina na presidência. Em 2011 Lula é carta fora do baralho.
Imagino que deva existir um grupo reunido em algum aparelho tramando o golpe subversivo. Não falo da desapropriação do cofre do Adhemar, ops, do Arruda. A história não se repete. Querem mudanças na Constituição. Parodiando Isidora Dolores Ibárruri Gómez, La Pasionaria, digo aos aventureiros: No Passarán. A democracia é inegociável.
Twitter
Sidney Borges
Quando saiu a entrevista de Cesar Benjamin na Folha, com pesadas insinuações contra Lula, expressei no Ubatuba Víbora a minha opinião. Eu não publicaria antes de ouvir as testemunhas. No dia seguinte li um jornalista justificando a publicação e dando um exemplo pessoal.
Contou de uma fala do Mário Amato, notório frasista, que foi publicada e causou celeuma. No contexto da frase, politicamente incorreta por atribuir inteligência a uma mulher, apesar da condição feminina, e por esta mulher exercer alto cargo no governo, até seria publicável não fosse o momento em que foi proferida. Amato estava brincando em almoço de confraternização, rodeado de homens que tinham tomado algumas taças de vinho.
Muito do que é dito nesses momentos não expressa o que de fato vai pela cabeça de quem diz. Devo também acrescentar outra opinião pessoal: o politicamente correto é um refúgio de calhordas. O jornalista em questão precisava aparecer, buscar seus quinze minutos de fama. Conseguiu. Cesar Benjamin também conseguiu.
O ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, criticou a forma de agir do jornal. Com palavras diferentes corroborou a minha opinião.
A Folha tem bons colunistas que justificam a leitura do jornal. Mas sem eles não sobra muita coisa. No futuro os jornais serão como ela é hoje, terão colunistas talentosos, entrevistas e resenhas. E pouco peso político.
Na mesma linha opinativa, venho dizendo o que ninguém parece enxergar, ou se vê, cala. No ano que vem termina a era Lula. Tanto faz Dilma ou Serra ou Aécio ou mesmo a improvável Marina na presidência. Em 2011 Lula é carta fora do baralho.
Imagino que deva existir um grupo reunido em algum aparelho tramando o golpe subversivo. Não falo da desapropriação do cofre do Adhemar, ops, do Arruda. A história não se repete. Querem mudanças na Constituição. Parodiando Isidora Dolores Ibárruri Gómez, La Pasionaria, digo aos aventureiros: No Passarán. A democracia é inegociável.
Comentários