Terça-feira

2018. Será que Lula volta? Será que fica por lá?

Sidney Borges
Hoje o ar está úmido. O cacique Cobra Coral diria que a entrada de ar frio na região condensaria o vapor atmosférico, formando gotas d'água que, sendo mais pesadas do que o ar, cairiam dos céus na forma de chuva.

Já o cacique Coaquira atribuiria o fenômeno à magia. Chocalhos de conchas. Pouco importa a versão dos caciques. Chuva é chuva, do verbo chover que não tem a primeira pessoa do singular.

Jamais diga eu chovo, não faz sentido, ainda que você chova, o que é improvável.

Paulo Coelho chove e venta, embora seja mais hábil na venda de livros, o que faz chover dinheiro em sua conta. Posto termos falado de chuva, falemos de coisas menos úmidas.

Política é um bom tema. Dilma melhor ainda. A candidata de Lula está crescendo nas pesquisas. Será que emplaca? Será que emplacando vai permitir a continuidade do culto à personalidade do Sapo Barbudo? Perguntas difíceis, arriscar uma resposta pode resultar em língua queimada.

Mas palpitar pode, isto é ainda pode, com as promessas de crescimento do Estado pode ser que um dia não possa mais. Dilma presidente significará o fim da mídia lulista, nascerá a mídia dilmista, afinal de contas quem tem a caneta na mão é o dono das batatas e merece toda consideração.

Alguém se lembra do ex-presidente João Figueiredo? Teve um jornalista esperto que escreveu um livro enaltecendo o anônimo general e se deu bem. Os jornalistas que escreveram biografias de Lula também se deram bem. O cineasta que fez o filme do retirante-prodígio está se dando bem.

Pois é, mas assim que Figueiredo saiu de cena foi esquecido. Vai acontecer o mesmo com Lula. A vida passa.

Depois do almoço vou dormir e sonhar. Meu mentor político, o arcebispo Makarios poderá então esclarecer algumas dúvidas.

Com os fundamentos da economia arrumadinhos desde os tempos de FHC e a economia bombando, será que Dilma abrirá mão da reeleição para a volta do chefe?

Não seria melhor para o "Projeto Lula" ter Serra como adversário? Aí Lula poderia deitar e rolar, falar mal dos burgueses, dos banqueiros, dos louros de olhos azuis e pôr a culpa das desgraças do mundo no neoliberalismo tucano.

A vitória de Dilma será o fim de Lula. Sobrevida ele terá se tiver em quem bater, é a especialidade dele, sempre foi. Apareça Arcebispo, precisamos conversar.

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