Educação

Caso estranho

Sidney Borges
Passei anos dando aulas em cursinhos. Nunca vi uma aluna ser perseguida por usar saia curta. Alguns alunos, meninos e meninas, vestiam roupas extravagantes. Em certa época presenciei alguma agitação por conta da tribo dos góticos. Das meninas góticas principalmente. Usavam maquiagem de filme de terror e andavam cobertas da cabeça aos pés. Vestindo preto ou roxo.

Aconteciam brincadeiras quando alguém desse grupo singular chegava atrasado e interrompia a aula. Logo se ouvia uma frase de espírito e por alguns instantes a coisa fervia, mas ficava nisso, sem perseguições ou tumultos. Ao longo dos meses os góticos acabavam incorporados, alguns até mudavam de tribo tornando-se punks, rockabillys ou anônimos perdidos na multidão.

Achei estranho quando tomei conhecimento do tumulto na Uniban. Achei mais estranho quando a garota da saia curta foi expulsa. Expulsar alguém da universidade é uma atitude radical que precisa ser fundamentada na lei para ter justificativa.

O que a Uniban vai alegar? Antigamente tinha o decreto 477. Acabou com a ditadura.

Quanto à garota, pelas fotos parece estar adorando a notoriedade. Está em pleno gozo dos 15 minutos de fama. Talvez seja convidada para posar na Playboy. E depois? Bem, depois ninguém sabe, o futuro é uma incógnita. A única verdade nesse caso é que a Uniban pisou no tomate...

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