Brasil

A amazônia é nossa. Os laranjas também...

Sidney Borges
Noticias da Amazônia. O governo limitou a compra de terras a estrangeiros. Pelo projeto, não brasileiros só poderão ter até 10% das terras das cidades da região. Gostei da atitude, a lei é correta. O poder econômico avassalador das nações imperialistas poderia se traduzir na compra legal do país.

Compra daqui, compra dalí e quando nos déssemos conta a fatura estaria na mesa. É nosso diriam os gringos. É deles diriam os entreguistas. Tá cheio de entreguistas no país, ainda bem que temos o presidente Lula para nos proteger. Lula e Dirceu, que está em Cuba estudando socialismo.

Lula gritaria aos quatro ventos contra a maracutaia: "menas", "menas", "menas", gritos que se perderiam na imensidão verde da floresta amazônica de tanta fauna e jequitibás. Consultados os tribunais internacionais diriam que a compra tinha sido legal e que o que é comprado não é roubado. E assim os gringos começariam a tirar petróleo, ouro, pedras preciosas, ervas medicinais, borboletas e onças de nosso solo sagrado, bonito por natureza, abençoado por Deus, pela Virgem Maria e pelo Bispo do Kaká.

Gringo não pode e ponto final. Fico me perguntando o que aconteceria se um gringo tivesse um sócio brasileiro. O gringo com 99,99% e o brasileiro com 0,01%. E os dois resolvessem comprar terras em Roraima, ou talvez em Rondônia. A ministra Dilma confundiu e tomou uma vaia. Hi, hi, hi... Aí o gringo seria dono também, embora as terras estivessem em nome do sócio brasileiro, conhecido como Laranjus Cítricus.

Testas de ferro, não confundir com cabeças duras, são comuns em todas as cidades do país. Políticos fazem negociatas e esquentam a grana através de amigos que se dispõem a ser donos sem ter a posse. O governo não acaba com isso porque não quer.

A Receita Federal poderia muito bem perguntar ao boiadeiro que ganha seis mil por ano de onde ele tirou seis milhões para comprar uma fazenda. Poderia, mas não tem feito, não com a velocidade que a sociedade espera.

A remessa ao exterior de dinheiro surrupiado de cofres públicos poderia contribuir e muito para aplacar os males da desigualdade. Lula seria o presidente mais festejado da história se estancasse a hemorragia que se dá nos municípios. Basta prender os laranjas e jogar a chave fora. Os novos laranjas ficariam com medo. E as maracutaias diminuiriam.

Sobraria dinheiro para escolas, hospitais, saneamento. Segundo sites especializados, a sangria chega a 30% dos orçamentos. Isso precisa acabar. Isso tem que mudar. Tenho dito.

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