Opinião

Indicativos econômicos e conjuntura

Editorial do Estadão
A demanda doméstica depende de vários fatores, e da perspectiva do seu aumento depende a produção industrial. É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar as receitas e despesas do governo federal. Vários dados divulgados ontem permitem dizer que a economia está entrando numa fase de recuperação.

Enquanto a ligeira retomada da economia norte-americana é acompanhada por aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram redução do desemprego de 8,1% para 8%, resultado de um aumento de 0,9% dos ocupados, que significa geração de 185 mil postos de trabalho, enquanto o número de desocupados (pessoas sem trabalho ou procurando emprego) caiu 0,7%, para 1,9 milhão.

Essa taxa de desemprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Melhora que não parece refletir desalento na procura de emprego, já que houve importante oferta de postos de trabalho.

Paralelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142 mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada, o maior número no comércio.

Não foi, entretanto, apenas um aumento do emprego, mas também uma alta de 1% da renda real (a primeira depois de cinco quedas consecutivas) que, nessas regiões, é de R$ 28,4 bilhões. A renda real média ficou em R$ 1.333,92, superior em 3,4% à de julho de 2008.

Esses dados, calculados em razão da população ativa, incluem também os funcionários públicos das seis regiões metropolitanas, que certamente contribuem muito no crescimento registrado do emprego, mas que não podem ser esquecidos como consumidores...

Seria certamente importante conhecer a participação dessa categoria no crescimento da população ativa. Mas temos um outro indicador por meio dos dados da arrecadação das receitas federais, que, no caso das receitas administradas, apresentou crescimento real (usando como deflator o IPCA) de 5,17% em relação ao mês anterior, em que as isenções fiscais eram as mesmas.
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