O inacreditável fim de José Sarney

Pedro Doria (original aqui)
Não faz muito tempo, pesquei do Marcelo Tas – nosso Sarney Watcher extra-oficial – o seguinte post:

Ele está no poder há exatos 54 anos. Deu ao Brasil a maior taxa de inflação do mundo. Voraz como uma cobra caninana, repartiu com a escória política verde-amarela o maior lote de canais de rádio e TV da história. Matreiramente, montou um império de comunicação no Maranhão, onde atingiu status de semi-deus imortal (lá, até sua tumba já foi construída com dinheiro público!). Com a morte de Tancredo, chegou à Presidência da República. Depois, diante de queda moral vertiginosa, teve a cara-de-pau de criar domicílio falso no Amapá para poder continuar aboletado no carguinho de senador em Brasília.

Dentre os gaviões da política brasileira, ninguém voou tão alto, ninguém foi mais esperto, ninguém sobreviveu por tanto tempo. Esteve no comando de dois dos três poderes. Até seu par Antônio Carlos Magalhães foi obrigado a reununciar ao Senado. Sarney, não: sempre escapou incólume.

Agora parece que ele vai.

Se e quando ele deixar a presidência do Senado, o último coronel, dono de um (dois?) estado(s), representante legítimo da velha estrutura oligárquica brasileira, terá tido sua queda e provavelmente não mais se levantará. O quanto o Brasil mudou desde a democratização? Terá mudado o suficiente para que um oligarca regional consiga tanto poder na esfera nacional? Minha impressão é de que não mais.

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