Futebol

Romário

Sidney Borges
Três jogadores ganharam a “Copa do Mundo” sozinhos, tendo os companheiros como meros coadjuvantes. Na hora do vamos ver fizeram a diferença.

O primeiro foi Garrincha, em 1962, no Chile. Depois da contusão de Pelé a coisa ficou difícil, quase perdemos da Espanha. Quando Nilton Santos fez pênalti e deu um passo a frente, enganando o juiz, Garrincha colocou a bola embaixo do braço e disse:

- Deixa comigo compadre.

Fez gols de cabeça, de falta, driblou quanto quis e até foi expulso de campo. O Brasil voltou com a taça.

O segundo foi Maradona, no México, em 1986. Desequilibrou. A Argentina ganhou a Copa e se redimiu da lambança de 1978.

O terceiro foi Romário, nos Estados Unidos, em 1994. O time de Parreira era retranqueiro, jogava recuado e enervava ao mais paciente dos monges tibetanos.
Quando o caldo estava a ponto de entornar o baixinho dava um pique e a bola ia parar no fundo do gol adversário.

Eu senti o respeito que os gringos têm por Romário em Amsterdam. Peguei um ônibus e em certo momento motorista e passageiros começaram a conversar animadamente, o ônibus parado fora do ponto.

No final do trajeto perguntei a um casal que conversava em espanhol sobre a parada não programada. Eles disseram que o motorista estava mostrando a casa onde Romário tinha morado.

O baixinho merece uma estátua. Quanto às dívidas, é outro departamento. Se ele deve a bancos vai pagar. Não há quem escape. Torço por ele.

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