Dantas de tantas...

MPF denuncia Dantas

De Bob Fernandes no Terra Magazine
A denúncia tem 80 páginas e foi encaminhada na sexta-feira, 3, à 6ª Vara Criminal Federal; leia-se ao juiz federal Fausto de Sanctis, que irá aceitá-la ou não.

A denúncia, que tem como objeto "atividades criminosas" do grupo Opportunity, nasce da Operação Satiagraha, executada há um ano pela Polícia Federal sob coordenação do delegado Protógenes Queiroz.

Quem fez e assina a denúncia é Procurador da República Rodrigo de Grandis. Por um conjunto de 7 crimes (variando quem está incurso nestes ou naqueles crimes), o Procurador denúncia 13 pessoas.

Entre os denunciados, os dirigentes do Opportunity (o banco ou algum dos múltiplos braços do Grupo) Daniel Dantas, sua irmã, Verônica Dantas e Dório Ferman, assim como Itamar Benigno Filho (ex- Brasil Telecom), Roberto Amaral (ex-Andrade Gutierrez), Maria Amália de Melo Coutrim, do jurídico do Opportunity e Humberto Braz.

Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom à época controlada pelo Opportunity. Entre várias imputações Braz foi acusado há um ano, e condenado por de Sanctis, como pivô no caso da tentativa de corrupção do delegado da PF Vitor Hugo Rodrigues Alves Ferreira durante a Satiagraha.

Em seu arrazoado, Rodrigo de Sanctis afirma ainda que Daniel Dantas e seu grupo alimentaram o chamado "mensalão" através de pelo menos 6 contratos de publicidade da Brasil Telecom com as agências DNA Propaganda e SMP%B de Marcos Valério; este, aquele publicitário mineiro celebrizado durante o chamado "caso Mensalão".

Sem vinculação com licitação formal alguma, Marcos Valério recebeu pelo menos 3 milhões trezentos e setenta e seis mil reais, descreve o Ministério Público Federal.
Especificamente Daniel Dantas é denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e formação de quadrilha e organização criminosa.


Segundo o texto do Procurador encaminhado à Justiça Federal, Daniel, a irmã, Verônica, e o presidente do Banco Opportunity ( o Banco apenas uma peça, importante, na engrenagem do Grupo) constituíram "um verdadeiro grupo criminoso empresarial, cuja característica mais marcante fora transpor métodos empresariais para a perpetração de crimes, notadamente delitos contra o sistema financeiro, de corrupção ativa e de lavagem de recursos ilícitos".
Leia mais

Nota do Editor - Um dia saberemos a verdade sobre o banqueiro Daniel Dantas, por enquanto o que temos de concreto são defensores e detratores. Mino Carta o odeia com a mesma intensidade com que defende o "catenaccio", teimando em confundir retranca com modernidade futebolística. Nos primórdios do século XVI, para ser preciso, em 1501, Leonardo da Vinci retornou a Florença onde o jovem Michelangelo fazia sucesso. Nasceu aí a rivalidade "Marlene-Emilinha" que perdura até nossos dias. Daniel Dantas não pinta, não esculpe, não joga futebol nem tampouco canta. Pelo que dizem os detratores é pior do que Sarney, aquele senhor de bigodes e jaquetão. Pelo que dizem os defensores é um gênio incomprendido. O fato é que Dantas é rico, muito rico e no Brasil os ricos nunca vão presos. Ou melhor, até vão, mas logo um Juiz de bom coração encontra alguma forma de 'interpretar' a Lei e soltá-los. Fosse Madoff cidadão destas terras férteis em que se plantando dá e estaria soltinho da silva, passeando na Ilha de Caras, ao lado de Susana Vieira e seu novo marido de 19 anos. Estudante de arqueologia, completamente apaixonado. (Sidney Borges)

Twitter

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu