De direita, de esquerda e democrata...



Sera que Zelaya volta? Será que fica por lá?

Sidney Borges
O guapo cidadão da foto é o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya. Foi eleito pela direita e por obra e graça do divino espírito santo transmutou-se em homem de esquerda. É amigo de fé, irmão e camarada de Hugo Chávez, presidente perpétuo da Venezuela. Sempre reeleito por via democrática, através de instrumentos legais e incontestáveis.

Zelaya tentou usar os mesmos expedientes de Chávez para permanecer no poder. O Congresso disse não. O Exército disse não. Ele insistiu, passou por cima de deputados e milicos e sifu.

Acabou deposto em uma quartelada de cinema, com direito a tanques nas ruas e toque de recolher. Mudanças ideológicas de 180 graus acontecem com freqüência nos arredores do Equador, onde o calor esquenta cabeças e derrete miolos.

No Brasil Sarney frustrou a esperança de milhões, enterrou as diretas. O acaso o levou a se tornar presidente.

No exercício do mandato foi tachado de o maior ladrão da República, direitista sem caráter ou escrúpulos. O autor dos mimos só poderia ter sido um homem de esquerda, Luíz Inácio Lula da Silva, metalúrgico, líder sindical e depois presidente da República.

Hoje Lula e Sarney são unha e carne, inseparáveis na fortuna e no infortúnio.

Guinadas ideológicas à parte, Lula é esperto, imagino que daqui a quatro ou oito anos será um candidato difícil de bater nas urnas.

Não sei dos meandros da política de Honduras, não apoio o golpe que depôs Zelaya, como não apoio a tentativa de golpe à moda de Chávez que ele pretendia.

Mas sei que não simpatizo com um cara que pinta o bigode.

Eu não compraria um carro usado desse tal de Zelaya.

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