Manchetes do dia

Quinta-feira, 28 / 05 / 2009

Folha de S. Paulo
"Censo aponta formação deficiente de professores"

No país, 21% dos docentes da 5ª à 8ª série não fizeram curso superior

Dados do censo da educação básica realizado pelo Inep, instituto de pesquisas ligado ao Ministério da Educação, mostram que 26,6% dos professores da 5ª à 8ª série do ensino fundamental não têm a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível - diploma de ensino superior com licenciatura. Do total, 21,3% não possui nenhum curso superior.
Do 1,8 milhão de professores nas escolas públicas e particulares, 0,8% só estudou até a 8ª série. Sem a qualificação mínima exigida, dão aula a cerca de 600 mil alunos (1% das matriculas).
Os dados revelam também descompasso entre a formação do docente e o que ele tem a ensinar. Dos professores de física no ensino médio, só 25% fizeram curso universitário específico.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse acreditar que grande parte dos professores não enquadrados nas exigências tenha começado antes da lei atual, aprovada em 1996. Como ela não tem efeito retroativo, continuaram em atividade.
Para especialistas, a exigência de nível superior já é o mínimo em todos os países desenvolvidos.

O Globo
"MEC: 382 mil professores não poderiam dar aulas"

Casos incluem docentes sem diploma ou com escolaridade inferior à dos alunos

Pelo menos 382 mil professores em atividade no Brasil não poderiam dar aulas, porque não têm diploma adequado. Nas escolas públicas e privadas, representam 20,3% do 1,8 milhão de docentes da educação básica (da creche ao ensino médio). Segundo o MEC, há docentes que não fizeram a licenciatura, só concluíram o ensino médio ou nem isso. Há 441 professores com escolaridade inferior à dos alunos: dão aulas no ensino médio, mas estudaram até o fundamental. O MEC anunciou uma prova nacional para avaliar futuros professores, além de 330 mil vagas em cursos de licenciatura e R$ 600 milhões para o piso do magistério.

O Estado de S. Paulo
"Aditivos chegam a dobrar valor de obras da Petrobrás"

TCU investiga contratos da empresa, que alega fazer revisão em casos de emergência

Investigação do Tribunal de Contas da União mostra que a Petrobras tem permitido aditivos que multiplicam o valor de contratos de obras e serviços, relatam os repórteres Rodrigo Rangel e Christiane Samarco. Os orçamentos da empresa registram estouros de mais de 50%. Em dois casos (o gasoduto Urucu-Coari-Manaus e a plataforma P-56), o custo saltou de R$ 1,8 bilhão para R$ 3,6 bilhões. Houve aditivo até para pagar reivindicações salariais de empregados de empresa encarregada de uma obra. Na reforma da refinaria de Duque de Caxias, houve 24 acréscimos ao contrato. Há indícios de superfaturamento - num deles, serviços idênticos, numa mesma obra, tiveram diferença de preço de 2.000%. Sobre as acusações, a Petrobras nega falta de planejamento, alega casos de emergência e fala em "decisão estratégica".

Jornal do Brasil
"Em 2009, brasileiro só pagou impostos"

Todos os proventos dos primeiros 147 dias do ano serão gastos em tributos

O brasileiro gasta 147 dias de salário com tributos federais, estaduais e municipais. Isso significa que o contribuinte trabalhou desde o início do ano até ontem só para pagar impostos. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostra que na Espanha são 137 os dias de trabalho por ano aplicados em taxas; nos EUA, 102; e na Argentina, 97. Ficamos atrás da Suécia, com 185 dias, e da França, com 149. Por incrível que pareça, o número de dias trabalhados para pagar impostos caiu levemente: ano passado foram 148. A primeira queda desde 1996.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu