GM em concordata
Novos tempos
Sidney Borges
Tenho viva lembrança da série "Acredite se quiser" que passava na televisão em época que não consigo situar. Caso aparecesse no programa alguém dizendo que a GM iria à falência eu imediatamente mudaria de canal. Não sem algum esforço, a série é anterior ao controle remoto.
No meu imaginário a General Motors Corporation está para o automóvel assim como a torre Eiffel está para a França, a primeira imagem que me vem à cabeça quando penso em Paris é a da torre. Acho que acontece com todo mundo.
A GM foi um dos sustentáculos do regime capitalista. Durante anos empregou milhares de trabalhadores ao redor do mundo fabricando um símbolo de liberdade: o automóvel.
Alguma coisa deu errado e a empresa está fazendo água. O governo americano vai injetar uma dinheirama descomunal na tentativa de salvar o "paradigma". Eu penso que está certo, a falência certamente produziria desemprego, com o conseqüente impacto na cadeia produtiva.
Mas fica na minha cabeça a pergunta: será que os americanos vão comprar os carros que antes rejeitaram, preferindo veículos japoneses, alemães e coreanos?
Acho arriscado dar palpites, mas sinto haver uma clara evidência de mudança nos parâmetros dos consumidores. Carros luxuosos caros e gastadores não são bem vistos atualmente, os tempos mudaram. É lógico que nem todo mundo pensa assim, há uma natural inércia que ainda torna vendáveis certas aberrações energéticas, como é o caso dos jipes Hummer.
Pra quê?
É o que diria um marciano recém desembarcado do ovni? Pra ficar parado em congestionamentos? A Terra é estranha, melhor eu voltar para a minha estrela. Lá sou amigo do rei.
Sidney Borges
Tenho viva lembrança da série "Acredite se quiser" que passava na televisão em época que não consigo situar. Caso aparecesse no programa alguém dizendo que a GM iria à falência eu imediatamente mudaria de canal. Não sem algum esforço, a série é anterior ao controle remoto.
No meu imaginário a General Motors Corporation está para o automóvel assim como a torre Eiffel está para a França, a primeira imagem que me vem à cabeça quando penso em Paris é a da torre. Acho que acontece com todo mundo.
A GM foi um dos sustentáculos do regime capitalista. Durante anos empregou milhares de trabalhadores ao redor do mundo fabricando um símbolo de liberdade: o automóvel.
Alguma coisa deu errado e a empresa está fazendo água. O governo americano vai injetar uma dinheirama descomunal na tentativa de salvar o "paradigma". Eu penso que está certo, a falência certamente produziria desemprego, com o conseqüente impacto na cadeia produtiva.
Mas fica na minha cabeça a pergunta: será que os americanos vão comprar os carros que antes rejeitaram, preferindo veículos japoneses, alemães e coreanos?
Acho arriscado dar palpites, mas sinto haver uma clara evidência de mudança nos parâmetros dos consumidores. Carros luxuosos caros e gastadores não são bem vistos atualmente, os tempos mudaram. É lógico que nem todo mundo pensa assim, há uma natural inércia que ainda torna vendáveis certas aberrações energéticas, como é o caso dos jipes Hummer.
Pra quê?
É o que diria um marciano recém desembarcado do ovni? Pra ficar parado em congestionamentos? A Terra é estranha, melhor eu voltar para a minha estrela. Lá sou amigo do rei.
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