Ubatuba em foco

Logística

Governo define 19 áreas para novos portos

Humberto Medina (Original aqui)
No litoral de São Paulo, estudo conclui que há viabilidade em três pontos da costa: dois em Ubatuba e um em Peruíbe. No Rio, há dois trechos em Rio das Ostras; projeção é que até 2023 a demanda de carga nos portos chegue a 1,2 bilhão de toneladas.

O governo concluiu estudo sobre a localização de portos ou terminais que deverão ser construídos para comportar o aumento na movimentação de carga prevista até 2023.

Foram definidas 19 áreas, subdivididas em 45. No litoral de São Paulo, há três pontos considerados viáveis para a instalação de terminais de exportação de produtos agrícolas (principalmente soja) e de carga geral (contêineres): dois em Ubatuba e um em Peruíbe.

Nessa área de influência do porto de Santos, a previsão é que em 2023 possam transitar 47 milhões de toneladas de soja, volume bem superior aos 10,1 milhões de toneladas de 2008. Em relação ao movimento de contêineres, espera-se que passe de 2,7 milhões de unidades para 8,8 milhões.

O estudo, de responsabilidade da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), será entregue à Secretaria Especial de Portos.

Apesar da redução de 7,8% na movimentação entre 2007 e 2008, o governo espera que, até 2023, a demanda de carga nos portos chegue a 1,2 bilhão de toneladas -representando crescimento de 84,9% em relação aos 649 milhões de toneladas do ano passado.

No início deste ano, no entanto, a redução continua forte: queda de 36% na movimentação em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2008.

Em Peruíbe, a região onde um porto ou um terminal poderá vir a ser instalado é um trecho de 5 km, próximo ao local denominado Ruínas do Abarebebê, antigo aldeamento jesuítico de São João Batista de Peruíbe. Há também, nas proximidades, terras sob avaliação da Funai, que podem ser declaradas indígenas (Piaçaguera). Nesse trecho, a análise aponta a possibilidade de movimentação de soja, farelo e açúcar.

No litoral de Ubatuba, há dois trechos, cada um com um quilômetro, onde poderiam ser instalados terminais para movimentar o mesmo tipo de carga previsto para Peruíbe. Mas o estudo ressalta a proximidade da área tombada de Paranapiacaba e da Serra do Mar.

No litoral do Rio, há dois trechos no município de Rio das Ostras, um de 1 km e outro de 4 km. Essas áreas estão na região de influência do porto do Rio, onde o governo espera que, em 2023, a demanda chegue a 127,8 milhões de toneladas de minério de ferro e a 1,58 milhão de contêineres.

Para a região de Rio das Ostras, a principal carga esperada é minério de ferro.
Fonte: Folha de São Paulo (8/4/2009)

Nota do Editor - Estou publicando esta matéria a pedido do leitor-colaborador Carlos Lunetta que me perguntou se eu tinha mais informações. Eu li na Folha e não vejo possibilidades reais de que tenhamos um porto por aqui em curto prazo. A viabilidade de um porto em Ubatuba é inegável, o que não falta na região é litoral. Mas antes do porto é preciso criar condições para que as mercadorias transitem. Exportar soja por aqui hoje seria pouco prático e muito caro. Antes do porto o governo precisa construir ferrovias. Por outro lado, Ubatuba não está perto de Paranapiacaba como cita a matéria, pelo contrário, está bem longe. (Sidney Borges)

Comentários

Anônimo disse…
E sem falar na qualidade das nossas rodovias.
Viajo toda semana para São Paulo,e vejo que dois caminões seguidos já travam a rio santos,forma-se uma fila indiana e ninguem anda.

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