Pondo a correspondência em dia...

Carta a uma amiga

Sidney Borges
Yara, recebi a relação de vídeos dos jovens de Liverpool. Interessante, tenho um CD com as músicas dos Lps deles. De todos, com letra para acompanhar. Mas o que me leva a traçar estas linhas é outra coisa. Eu gostaria de fazer uma pergunta ao Geraldo, aquele que tranquei no banheiro, irmão do Guido, mas é impossível pois você mesmo contou que o Geraldo já partiu desta bola errante.

Trata-se da Escola Mista São Pedro do Pari outra vez. Certas coisas grudam em nossa mente como chiclete em sola de docksides. Estudei apenas um ano e meio na tal escola, mas lembro-me de detalhes mínimos.

Pois lá havia uma moça que ajudava as professoras. Isto é, fazia o trabalho desagradável, trocava os pequenos quando havia acidentes escatológicos e apagava a lousa de tempos em tempos.

Só me lembro de duas coisas dela, o nome, Palmira, igual ao queijo da lata em forma de bola e que era assaz "desabonitada", para não dizer feia que é feio.

Depois que fui convidado a me retirar de tal estabelecimento de ensino, o que já tinha acontecido na escolinha da Santa Rita, não me lembro de ter visto a Palmira em festas, bailes ou mesmo na Lusa do Canindé, onde todos iam.

Uma tênue recordação a coloca na Pia União das Filhas de Maria, na procissão passando pela rua Dr. Ornelas. Véu na cabeça e uma vela nas mãos. Não havia necessidade do véu.

Certamente ela será personagem do meu livro quase autobiográfico que vai tratar da invasão da Terra pelos Incas Venusianos, que muitos pensam não existir, mas eu sei que existem, até já conversei com um. Parecido com o Rosca que fazia ponto na Balneária.

Por precaução registrei o título: "Palmira e a crise interplanetária".

Se você souber alguma coisa sobre a Palmira, por favor, me informe. Pergunte à Cidinha, ela pode ter alguma pista.

A vida é cheia de mistérios.

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