De onde saiu?
Herdeiros caçam ''fortuna'' de Jânio
No Estadão
Investigando as atividades do doleiro Kurt Paul Pickel, os agentes federais empenhados na Operação Castelo de Areia descobriram uma verdadeira caça a um tesouro esquecido. Trata-se de supostos 20 milhões, talvez de dólares, depositados em contas bancárias secretas abertas na Suíça possivelmente pelo ex-presidente Jânio Quadros. Quem procurava a fortuna eram os advogados Marcos Henares Vilarinho e João Mendonça de Amorim Filho, que receberam dos herdeiros do ex-presidente a missão.
A descoberta foi feita durante o monitoramento dos e-mails enviados pelo doleiro. Em 25 de março de 2008, Pickel enviou ao advogado Patric e Le Houelleur, com escritório em Genebra, na Suíça, uma mensagem em que diz estar atrás dos fundos "provavelmente substanciais (excedendo $ 20 milhões) do senhor Jânio da Silva Quadros, antigo presidente do Brasil e antigo prefeito da cidade de São Paulo, morto em 1992".
Ele conta que a família do ex-presidente brigou durante anos, mas que em 2006 os herdeiros entraram em acordo. "O finado Jânio Quadros era considerado um homem inteligente, astuto e sem nenhuma dúvida escondeu muito bem os fundos que possuía no exterior". Pickel diz que suas conexões em dois bancos de Genebra podem ajudar, mas afirma que a chance de achar a fortuna é pequena.
No fim de março de 2008, os federais surpreenderam Vilarinho dizendo que "Janinho" ia ao seu escritório para tratar "daquele negócio do avô dele". "Janinho provavelmente é Jânio Quadros Neto e o assunto, os depósitos bancários que o ex-presidente da República teria no exterior", diz relatório da PF.
Em 15 de julho, foi a vez do próprio Jânio Quadros Neto telefonar a Vilarinho. O neto do ex-presidente pergunta se há "alguma novidade lá do advogado da Europa" e se "eles vão abordar a instituição". Pickel conta em e-mail que o ex-presidente tinha uma conta no Citibank da Suíça, e que dinheiro teria sido transferido para outra conta, mas de um trust.
Leia mais (só para assinantes)
Nota do Editor - Já está pra lá de conhecida a história do cofre do Adhemar. Um sobrinho da amante do Dotô avisou amiguinhos da luta armada e o cofre foi "expropriado". Dentro havia dinheiro para sustentar vários carros Nash e diversas amantes argentinas. Dotô Vardemá nem se lembrava do ervário. O que foi feito do dinheiro? Ninguém sabe, talvez a Vilma do Chefe tenha algo a dizer. Jânio era moralista, pregava contra a bandalheira, abominava corrupção. O dinheiro que ganhou na carreira política e literária e por que não dizer, de professor, passou longe de 20 milhões, seja de reais ou de dólares. Quem for curioso faça as contas, não é difícil saber os salários de vereadores, governadores, presidentes e senadores. Vou passar o dia me perguntando: de onde o austero ex-presidente teria tirado a grana depositada na Suíça? Boa sorte ao Janinho e companhia, vão precisar. Os bancos helvéticos não diferem de nossos políticos. São espertos. Um dia isso vai mudar. (Sidney Borges)
No Estadão
Investigando as atividades do doleiro Kurt Paul Pickel, os agentes federais empenhados na Operação Castelo de Areia descobriram uma verdadeira caça a um tesouro esquecido. Trata-se de supostos 20 milhões, talvez de dólares, depositados em contas bancárias secretas abertas na Suíça possivelmente pelo ex-presidente Jânio Quadros. Quem procurava a fortuna eram os advogados Marcos Henares Vilarinho e João Mendonça de Amorim Filho, que receberam dos herdeiros do ex-presidente a missão.
A descoberta foi feita durante o monitoramento dos e-mails enviados pelo doleiro. Em 25 de março de 2008, Pickel enviou ao advogado Patric e Le Houelleur, com escritório em Genebra, na Suíça, uma mensagem em que diz estar atrás dos fundos "provavelmente substanciais (excedendo $ 20 milhões) do senhor Jânio da Silva Quadros, antigo presidente do Brasil e antigo prefeito da cidade de São Paulo, morto em 1992".
Ele conta que a família do ex-presidente brigou durante anos, mas que em 2006 os herdeiros entraram em acordo. "O finado Jânio Quadros era considerado um homem inteligente, astuto e sem nenhuma dúvida escondeu muito bem os fundos que possuía no exterior". Pickel diz que suas conexões em dois bancos de Genebra podem ajudar, mas afirma que a chance de achar a fortuna é pequena.
No fim de março de 2008, os federais surpreenderam Vilarinho dizendo que "Janinho" ia ao seu escritório para tratar "daquele negócio do avô dele". "Janinho provavelmente é Jânio Quadros Neto e o assunto, os depósitos bancários que o ex-presidente da República teria no exterior", diz relatório da PF.
Em 15 de julho, foi a vez do próprio Jânio Quadros Neto telefonar a Vilarinho. O neto do ex-presidente pergunta se há "alguma novidade lá do advogado da Europa" e se "eles vão abordar a instituição". Pickel conta em e-mail que o ex-presidente tinha uma conta no Citibank da Suíça, e que dinheiro teria sido transferido para outra conta, mas de um trust.
Leia mais (só para assinantes)
Nota do Editor - Já está pra lá de conhecida a história do cofre do Adhemar. Um sobrinho da amante do Dotô avisou amiguinhos da luta armada e o cofre foi "expropriado". Dentro havia dinheiro para sustentar vários carros Nash e diversas amantes argentinas. Dotô Vardemá nem se lembrava do ervário. O que foi feito do dinheiro? Ninguém sabe, talvez a Vilma do Chefe tenha algo a dizer. Jânio era moralista, pregava contra a bandalheira, abominava corrupção. O dinheiro que ganhou na carreira política e literária e por que não dizer, de professor, passou longe de 20 milhões, seja de reais ou de dólares. Quem for curioso faça as contas, não é difícil saber os salários de vereadores, governadores, presidentes e senadores. Vou passar o dia me perguntando: de onde o austero ex-presidente teria tirado a grana depositada na Suíça? Boa sorte ao Janinho e companhia, vão precisar. Os bancos helvéticos não diferem de nossos políticos. São espertos. Um dia isso vai mudar. (Sidney Borges)
Comentários