Os "mala"

Nostradamus reciclado

Guillherme Fiuza (Clique aqui e leia o original)
Há um movimento propondo que o mundo apague as luzes durante uma hora, em defesa do clima. Nessa escuridão, será preciso se precaver contra os fantasmas. Especialmente o do aquecimento global.


As pessoas estão sempre em busca de uma causa nobre para suas vidas. A popularização dessa palavra de ordem “sustentabilidade” é o sinal claro de que, antes do efeito estufa, a chatice vai acabar com o planeta.

No fenômeno das mudanças climáticas, as causas são 10% ambientais e 90% literárias. O clima está péssimo.

Era mais interessante quando a profecia do apocalipse estava associada à chegada do ano 2000. Falava-se em Nostradamus, juízo final e toda essa estética meio Zé do Caixão. O roteiro do fim do mundo agora é um coquetel intragável de cartilhas politicamente corretas, que tentam te convencer de que você se salvará seguindo manuais de aterro sanitário e manejo de manguezal. Melhor a morte.

Essa “sustentabilidade” é um eufemismo ideológico para bom senso. Não gastar mais do que se tem, não sujar mais do que se pode limpar. Um bom começo seria economizar esses gastos astronômicos com a eco-burocracia e sua indústria do alarmismo.

Relatórios, papéis, consultores, seminários, almoços, ONGs e mais ONGs estão consumindo com voracidade os recursos planetários e a paciência humana.

Os países da Cortina de Ferro destruíram seu meio ambiente com seu socialismo obscurantista. Bastou entrar um pouco de luz, liberdade e bom senso para a situação se reverter. O mundo está procurando (e encontrando) saídas econômicas e tecnológicas para a poluição. Foi assim com a camada de ozônio, com o ar das metrópoles (os índices de melhora nunca fazem barulho), com os agrotóxicos.

Mas isso estraga a onda do romantismo de aluguel. O marketing do fim do mundo fuzila tudo que o desminta.

Fique no escuro, se quiser. Mas cuidado, porque daqui a pouco vão te convencer a almoçar dia sim, dia não, para reduzir os gases na atmosfera.

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