Manchetes do dia

Terça-feira, 31 / 03 / 2009

Folha de São Paulo
"Imposto do cigarro compensa parte do pacote de isenções"

Preço subirá até 25% para cobrir desoneração a montadoras e construção

O governo anunciou um aumento dos impostos sobre o cigarro, para ajudar a bancar a renúncia fiscal dos incentivos às montadoras de veículos e à construção civil. Com isso, os cigarros vão encarecer até 25%. A medida deverá gerar cerca de R$ 975 milhões, contra perda de R$l,68 bilhão prevista com a desoneração. "É bom para a saúde daqueles que fumam, pois é melhor que sintam no bolso do que no pulmão", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). "A medida desarruma o setor. Os fumantes passarão a consumir produtos do mercado informal", disse Fernando Pinheiro, da Souza Cruz. O pacote prorroga até 30 de junho a redução do IPI para carros e caminhões. O vice-presidente José Alencar, que assinou as medidas, disse que o objetivo é salvar empregos: "O Brasil será um dos únicos que não terão queda do mercado de trabalho neste ano".

O PACOTE DE ESTÍMULO

Caminhões e carros: prorrogação, até 30 de junho, da redução do IPI, que venceria hoje. Desde dezembro, a medida ajudou o setor a manter as vendas em níveis até superiores aos do primeiro trimestre de 2008.

Motocicletas: o governo reduziu a Cofins de 3% para zero. Em troca, o setor se compromete a não demitir por três meses. Fabricantes calculam queda de 3% no preço das motos com até 150 cilindradas, as mais vendidas.

Material de construção: o pacote prevê a redução, por três meses, do IPI para 30 itens. A maioria deles, sobre os quais incide imposto de 4% ou 5%, terá a alíquota cortada para zero, casos do cimento e da tinta.

Cigarros: aumento do PIS, da Cofins e do IPI para os cigarros. Com a medida, as marcas mais baratas deverão ficar 20% mais caras, e as sofisticadas, 25%.

O Globo
"Orçamento sofre corte maior e IPI da construção é reduzido"

Imposto menor para veículos valerá por mais 3 meses. Cigarro fica mais caro

Por causa da crise global e da queda na arrecadação, o governo ampliou para R$ 25 bilhões, R$ 3,4 bilhões acima do valor anunciado há duas semanas, os cortes de gastos de custeio e investimentos no Orçamento deste ano. As áreas mais atingidas são Turismo e Esporte, mas os gastos do setor social também foram reduzidos. O Bolsa Família, por exemplo, foi preservado, mas a Educação perdeu R$ 1,3 bi. O governo também anunciou um pacote de medidas para ativar a economia: prorrogou por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos e exigirá manutenção de empregos no setor. Além disso, zerou a Cofins para motos e cortou IPI de materiais de construção - de cimento a chuveiros elétricos. Para compensar as desonerações - de R$ 1,5 bilhão - foi elevado o IPI sobre cigarros a partir de 12 de maio. O maço ficará até 25% mais caro.

O Estado de São Paulo
"Pressão derruba presidente da GM"

Saída foi uma das condições impostas pela Casa Branca

Sob pressão da Casa Branca, o presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, está de saída do cargo. Seu afastamento coincide com o anúncio, previsto para hoje, do pacote de ajuda oficial à indústria automobilística americana. De acordo com o Wall Street Journal, a renúncia de Wagoner foi uma das condições impostas pelo governo dos EUA para liberar mais dinheiro para as montadoras GM e Chrysler, que já receberam socorro total de US$ 17,4 bilhões. Em entrevista à rede de TV CBS, o presidente Barack Obama deixou claro seu descontentamento com a resistência das duas fábricas em passarem por reestruturação mais profunda. "Elas ainda não estão prontas (para receber ajuda)", disse. Funcionário da GM desde 1977, Wagoner foi presidente da montadora no Brasil entre 1991 e 1992. Nos anos 80, já tinha trabalhado no País. Maior indústria de veículos dos EUA, a GM sofreu prejuízos globais de mais de US$ 70 bilhões nos últimos dois anos. Em outro sinal da crise no setor automobilístico, a francesa Peugeot Citroën também anunciou a substituição de seu presidente.

Jornal do Brasil
"Para fugir do desemprego"

Fazenda reduz impostos para construção e carros

Renúncia tributária é condicionada ao emprego

Obama cria incentivos fiscais para as montadoras

Os governos do Brasil e dos EUA anunciaram novas medidas para conter a sangria de empregos. No Brasil, o Ministério da Fazenda divulgou um pacote que deverá resultar na renúncia de R$ 1,5 bilhão: além de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, o plano prevê o mesmo para materiais de construção. A contrapartida é a manutenção dos empregos nas fábricas. Nos EUA, o presidente Barack Obama anunciou incentivos fiscais para as montadoras e induziu a fusão da Chrysler com a Fiat.

Comentários

Léo Santos disse…
É! Tomara que traga benefícios ao povo essa medida. Pois, já que a verba virá do pulmão de muitos brasileiros.

Não é Sidney?

Um abraço!
sidney borges disse…
Já que você perguntou posso acrescentar um pouco de pimenta na empada. Cigarro e álcool custam caro em quase todo o mundo. Certa vez viajei ao lado de um cidadão inglês e quando desembarcamos em Heatrow nossas bagagens foram abertas. Ele levava muitos pacotes de Marlboro e justificou dizendo que o preço era melhor no Brasil, pouco mais de 20% do que custava na Inglaterra. O mesmo valia para a cerveja, no pub custava cinco vezes mais do que aqui, no supermercado só duas vezes e meia. Faz bem o governo em aumentar o preço do vício, arrecada mais e desestimula o consumo. Lula fuma cigarrilhas holandesas. Uma latinha custa 15 reais. Vai aumentar, mas Lula tem filho rico e não precisa esquentar a cabeça.

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