Manchetes do dia

Domingo, 22 / 02 / 2009

Folha de São Paulo
"Crise deve punir salários mais altos"
Trabalhadores com salários mais altos sofrerão mais os efeitos da crise mundial em 2009, afirma estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A estimativa ocorre sobretudo em razão dos desligamentos feitos por grandes companhias do setor industrial, que deverão se intensificar.


O Ipea avalia que os empregados com rendimentos acima de dez salários mínimos (R$ 4.650) deverão ter mais dificuldade em encontrar e manter o emprego.

A previsão leva em conta o que já ocorreu com o emprego após três crises econômicas enfrentadas pelo Brasil: 1990-92, 1999 e 2003.

As demissões devem atingir também quem ganha de 1,6 a 5 salários mínimos (R$ 744 a R$ 2.325), empregados incorporados às empresas durante o período de expansão econômica. Com menos tempo de serviço, o custo da demissão para a empresa é menor.

O Globo
"Liesa tem 60 oficiais da PM fazendo segurança privada"
Enquanto a maioria da tropa da PM tem aumentado a carga horária no carnaval, há um grupo que consegue folga para trabalhar na Passarela do Samba com diárias de até R$ 850 (mais do que um soldo mensal básico) pagos por uma empresa de segurança contratada pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) – criada e gerida por integrantes da cúpula da contravenção. Foram contratados cerca de 300 PMs, entre eles pelo menos 60 oficiais da ativa – de tenentes a coronéis -, dos quais cinco atuam no comando de unidades, em postos estratégicos e até no gabinete do comando geral – revela Sérgio Ramalho. Eles são arregimentados pelo coronel da reserva Celso de Oliveira, que admite empregar PMs da ativa na segurança da Passarela, uma transgressão disciplinar. Especialista em crime organizado, Wálter Maierovitch diz que a atividade configura conflitos de interesses.


O Estado de São Paulo
"Retomada do crédito não chega ao consumo"
O Banco Central e a Febraban dizem que o crédito já apresenta melhora, mas boa parte está direcionada a atender grandes empresas, que antes tomavam empréstimos no exterior. Com isso, as novas concessões de empréstimos para pessoas físicas caíram 4,9% no último trimestre de 2008 sobre igual período de 2007. Para analistas do comércio, essa restrição vai afetar principalmente a venda de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos. Carlos Thadeu de Freitas, da Confederação Nacional do Comércio, projeta que o setor terá expansão entre 3% e 4% neste ano, contra 9,1% em 2008. Segundo ele, o desempenho só não será pior por causa do avanço de até 3% da massa salarial.


Valor Econômico
"Citi coloca à venda fatia de R$ 2,5 bi na Redecard"
Um dos bancos mais atingidos pela crise financeira nos Estados Unidos, o Citi deve colocar à venda no Brasil a participação de 17% que possui na Redecard, processadora de cartões de crédito e débito. O negócio pode render R$ 2,5 bilhões ao caixa do banco.


O Citi avalia as opções para se desfazer do ativo e pretende chegar a uma conclusão rapidamente. A Redecard é considerada um dos poucos negócios da filial brasileira cuja venda pode gerar valor para o banco e trazer alívio em meio às pesadas perdas com crédito. A companhia faz o credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões Mastercard e Diners no país, além de processar os pagamentos e realizar a liquidação financeira.

Uma das saídas mais prováveis é uma oferta pública do bloco de ações, já que os papéis se recuperaram nos últimos meses em relação a sua pior cotação, de R$ 17,68, registrada em outubro do ano passado. Ontem, a ação subiu 1,55% e fechou a R$ 26,71, praticamente equiparando-se ao valor da abertura de capital, realizada em julho de 2007, quando os investidores pagaram R$ 27 por ação.

Uma oferta pública neste momento representaria um grande teste para o mercado de ações brasileiro, que está fechado para operações desse tipo desde junho do ano passado.
O valor de mercado da Redecard está em quase R$ 18 bilhões e a fatia do Citi vale R$ 3 bilhões. No caso de uma oferta pública, no entanto, o banco deve oferecer um desconto sobre a cotação em bolsa e, com isso, arrecadar menos.


O Valor apurou que uma parte desses 17% interessa ao Itaú, que já detém 46,4% do capital da Redecard. Se comprar algo próximo a 5% das ações, o Itaú pode consolidar sua posição de controle. Hoje, Itaú e Citi fazem parte do bloco de controle, que originalmente também incluía o Unibanco. O Itaú ficou com a participação do Unibanco. O Citi informou que não comentaria “rumores de mercado" e o Itaú não respondeu ao pedido de entrevista.

Além de colocar um bom dinheiro em caixa com a venda das ações, o Citi também teria um efeito positivo em seu balanço. Os papéis da Redecard estão registra dos até hoje por seu valor patrimonial, que representa uma fração da cotação em bolsa. A sua venda, portanto, proporcionaria um grande lucro.

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