Coluna de Domingo
Enxugando gelo
Rui Grilo
Antes do lançamento do Programa “LIXO NA REDE’, ocorrido dia 02/02 na Escola Estadual “ Esteves da Silva” uma pessoa me alertou: “Agora não é hora de criticar, agora é hora de somar”. Será que quando procuramos as autoridades elas somam com a gente ?
Questionado sobre o destino do lixo retirado pelos pescadores, o Sr. Milanelli disse que seria encaminhado às duas cooperativas de reciclagem que estão em fase de implantação.
No entanto, uma outra autoridade presente comentou informalmente que a maior parte do lixo não seria reciclado devido à contaminação. Se o lixo não vai ser reciclado, provavelmente irá para Tremembé e como lixo molhado pesa mais, será muito bom para a empresa que transporta porque ganhará mais. Isso é solução adequada? Por que não se discute seriamente a possibilidade de implantação do Projeto Lixo Zero?
A CETESB afirmou que isso é da competência da Prefeitura. Então, é dela que esperamos uma atitude mais coerente, principalmente nesse momento em que se discute o PROJETO UBATUBA SUSTENTÁVEL. Já pensaram em quanto combustível se queima para levar o lixo até Tremembé? Em quanto poderá se reduzir os gases lançados na atmosfera se o lixo for reciclado aqui mesmo? O quanto se economizará de matéria prima e de energia com a transformação do lixo em blocos e tijolos?
Quando alguém está doente, muitas vezes tratamos os sintomas, como a febre, porque se ela se elevar,a pessoa poderá morrer. Mas ao mesmo tempo temos que tratar as causas para que a pessoa recupere a saúde e desapareçam os sintomas . Será que adiantará começar pela retirada do lixo do mar ? Será que não temos que impedir que o lixo seja jogado nas ruas e nos rios e seja levado para o mar ? Se os meios de comunicação são concessões do Estado, porque não se investe maciçamente na política dos 3 R – reduzir, reciclar, reutilizar?
No entanto, o que mais polui o mar e causa doenças é o esgoto doméstico. E na cidade é um problema difícil de resolver individualmente. No bairro onde moro, os primeiros lotes vendidos eram grandes e havia espaço para instalação de fossas. Em dado momento, por não ter uma política de habitação popular, a Prefeitura distribuiu lotes tão pequenos e sem qualquer planejamento que, em muitos casos, não sobrou espaço para a construção de uma fossa e os dejetos são jogados nos rios.
É fácil dizer que a sociedade civil deve ser proativa quando se tem o poder nas mãos e os recursos econômicos, quando se ganha para fazer essa ação. O difícil é ser sociedade civil e ter que se rebolar para manter a própria subsistência e estar de mãos atadas frente a um executivo insensível e avesso ao diálogo.
Em vez de ataques pessoais e destempero verbal, gostaríamos de discutir propostas.
Não sei o que os comerciantes da Rua Guarani fizeram, mas a forma como foram tratados publicamente foi humilhante. Por isso estamos solidários e gostaríamos que eles participassem no Fórum Permanente de Proteção à Cidade na busca de soluções para a nossa querida e bela Ubatuba.
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br
Rui Grilo
Antes do lançamento do Programa “LIXO NA REDE’, ocorrido dia 02/02 na Escola Estadual “ Esteves da Silva” uma pessoa me alertou: “Agora não é hora de criticar, agora é hora de somar”. Será que quando procuramos as autoridades elas somam com a gente ?
Questionado sobre o destino do lixo retirado pelos pescadores, o Sr. Milanelli disse que seria encaminhado às duas cooperativas de reciclagem que estão em fase de implantação.
No entanto, uma outra autoridade presente comentou informalmente que a maior parte do lixo não seria reciclado devido à contaminação. Se o lixo não vai ser reciclado, provavelmente irá para Tremembé e como lixo molhado pesa mais, será muito bom para a empresa que transporta porque ganhará mais. Isso é solução adequada? Por que não se discute seriamente a possibilidade de implantação do Projeto Lixo Zero?
A CETESB afirmou que isso é da competência da Prefeitura. Então, é dela que esperamos uma atitude mais coerente, principalmente nesse momento em que se discute o PROJETO UBATUBA SUSTENTÁVEL. Já pensaram em quanto combustível se queima para levar o lixo até Tremembé? Em quanto poderá se reduzir os gases lançados na atmosfera se o lixo for reciclado aqui mesmo? O quanto se economizará de matéria prima e de energia com a transformação do lixo em blocos e tijolos?
Quando alguém está doente, muitas vezes tratamos os sintomas, como a febre, porque se ela se elevar,a pessoa poderá morrer. Mas ao mesmo tempo temos que tratar as causas para que a pessoa recupere a saúde e desapareçam os sintomas . Será que adiantará começar pela retirada do lixo do mar ? Será que não temos que impedir que o lixo seja jogado nas ruas e nos rios e seja levado para o mar ? Se os meios de comunicação são concessões do Estado, porque não se investe maciçamente na política dos 3 R – reduzir, reciclar, reutilizar?
No entanto, o que mais polui o mar e causa doenças é o esgoto doméstico. E na cidade é um problema difícil de resolver individualmente. No bairro onde moro, os primeiros lotes vendidos eram grandes e havia espaço para instalação de fossas. Em dado momento, por não ter uma política de habitação popular, a Prefeitura distribuiu lotes tão pequenos e sem qualquer planejamento que, em muitos casos, não sobrou espaço para a construção de uma fossa e os dejetos são jogados nos rios.
É fácil dizer que a sociedade civil deve ser proativa quando se tem o poder nas mãos e os recursos econômicos, quando se ganha para fazer essa ação. O difícil é ser sociedade civil e ter que se rebolar para manter a própria subsistência e estar de mãos atadas frente a um executivo insensível e avesso ao diálogo.
Em vez de ataques pessoais e destempero verbal, gostaríamos de discutir propostas.
Não sei o que os comerciantes da Rua Guarani fizeram, mas a forma como foram tratados publicamente foi humilhante. Por isso estamos solidários e gostaríamos que eles participassem no Fórum Permanente de Proteção à Cidade na busca de soluções para a nossa querida e bela Ubatuba.
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br
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