Che Mickey

Há os que falam muito mal e os que ainda defendem ardorosamente a revolução, que celebrou seus 50 anos de resistência sem o ícone Che Guevara nos cartazes oficiais. Havia uns poucos com Fidel e Camilo Cienfuegos. (Outro dos jovens heróis barbudos de Sierra Maestra, que morreu nos primeiros anos da revolução.)

Alguns cartazes estampavam só Fidel. Nenhum com Raul. Mas a clássica foto do Che ainda é a principal marca dos recuerdos de Cuba – estampado em tudo, principalmente em camisetas. O que a irreverência de jovens turistas cariocas, claro, rapidamente denominou de Che Mickey.

Os flanelinhas de Havana são oficiais – funcionários do Estado como todo e qualquer trabalhador cubano. A santeria do Candomblé, submerso nos tempos mais duros da Revolução, agora é exposta ruas afora nas guias e roupas de filhos, pais e mães de santo. Ojalá protege Cuba!

O rum Havana Club – novo ou envelhecido – está cada vez melhor. Os charutos, oferecidos em qualquer esquina no cambio negro dos Cucs, continuam ótimos e caros. Os cigarros que eles chamam de nacionais são fabricados pela Souza Cruz brasileira em parceria com o governo de la revolucion.

O Daiquiri da Floredita que Hemingway tornou famosa ainda é divino. A comida creola de La Bodeguita nem tanto. A cerveja e os mojitos são deliciosos. Os serviços continuam uma lástima.

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