Tiro no pé é pouco...

Mais do caso Battisti

CartaCapital, que está nas bancas paulistanas desde a manhã de hoje, refere-se ao caso Batistti. A idéia central é a de que Tarso Genro cometeu um desatino colossal, e não se sabe bem porque. O desatino se articula a partir de uma premissa claríssima: Cesare Battisti, ex-terrorista, não foi condenado na Itália por causa das idéias políticas que professava nos anos 70, e sim porque matou pessoalmente três pessoas e mandou matar outra, entre elas um joalheiro submetido a uma “expropriação proletária”. O nosso ministro da Justiça desafia o Estado e o povo italiano ao contestar uma decisão passada em julgado, tomada por um tribunal estrangeiro. E também ao afirmar que, devolvido à Itália, o criminoso corre até risco de vida, como o próprio disse em entrevista à revista Época organizada pelo advogado Greenhalgh. Equivale a dizer que o Estado italiano não tem condições de proteger os seus encarcerados. A posição tomada por Tarso Genro é erro gravíssimo, ofende as leis internacionais e já cria uma crise diplomática séria. Os italianos percebem o alcance da afronta, do governo à oposição, da opinião pública à mídia. Da direita à esquerda. É um coro de protestos, com a singular característica, para a Itália atual, de unir a todos. Pergunto aos meus estupefatos botões que gênero de pressões pode ter levado o ministro Genro ao passo falso? Ele teve resistências dentro do seu próprio ministério, e a firme oposição do Itamaraty. A melancólica conclusão dos botões: nada se enxerga, além dos interesses de um pequena grupo de resistentes de uma esquerda obsoleta e corporativista, hoje empenhada sobretudo em ganhar dinheiro, e ainda muito influente nas mais altas esferas do poder político e econômico. É certo que ali o senador Suplicy é figura mínima. (Do Blog do Mino)

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