É chique ser inteligente

Mulheres na ciência

Ulisses Capozzoli
A posse de Barack Obama como presidente americano, além de efeitos na política e economia, também traz alentos para a ciência, segundo escreve Natalie Angier, do New York Times.


Entre outros efeitos, Obama é portador da nova onda pregando que "é chique ser inteligente".

Modismo à parte, convenhamos que é um avanço significativo se comparado à estupidez escancarada de seu antecessor, George W. Bush.

Bush é formado em história, mas durante a maior parte do seu mandato se dedicou a bombardear o berço da história, o Iraque, onde nasceu a escrita.

"Sintomático", diria o doutor Sigmund Freud.

Com a onda de que é "chique ser inteligente" há uma expectativa de que a ciência seja beneficiada. A suposição, aqui, é que cientistas são inteligentes, o que, seguramente, abriga alguma controvérsia.

De qualquer forma, assumindo que o pressuposto seja real, nos Estados Unidos já começa uma preocupação envolvendo como atrair mulheres para a pesquisa científica.

Ciência é uma atividade dominada por homens (uma pista para evidenciar que pesquisadores científicos, ou "cientistas" como a mídia prefere, podem não ser tão espertos quanto querem fazer parecer).

Excluir mulheres é no mínimo preconceito além, evidentemente, de ausência de bom gosto. O que pode haver de mais monótono e desinteressante que um enorme Clube do Bolinha?

Melhor convidar o Clube da Luluzinha. Os resultados prometem ser muito mais inteligentes.

Superficialidades à parte, mais mulheres na ciência certamente é parte de uma das idéias que Obama expressou no discurso de posse: "o mundo mudou e nós também precisamos mudar".


Os membros do Clube do Bolinha que se cuidem. As Luluzinhas podem chegar para ficar. Essa pode ser uma das mudanças paradigmáticas que escaparam da percepção de Thomas Kuhn. (Scientific American Brasil)

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