Domingueira

Aptidões e talentos

Sidney Borges
Tenho como certo que os dons são como bolas de gás soltas no firmamento cósmico. Não têm dono, ficam flanando de cá pra lá e de lá pra cá até colidirem com alguém que está para chegar. O talento é incorporado e o felizardo nasce com um "gift", como dizem os inglêses. A vida então fica fácil, vejam o Ronaldo Fenômeno, gordo, fora de forma, em fim de carreira, vai ganhar mais em um ano do que o operário padrão em 100. O talento pode vir na forma de curiosidade científica, aparece um Newton e tudo muda. Até para ser chefão da máfia é preciso talento. É raro nascer um Dom Corleone em Palermo. Ou um Marlon Brando em Hollywood. Quem não tem habilidades paga para quem tem. Madonna mia! Quanta gente nos shows da Madonna! Parece fácil fazer o que os talentosos fazem. Quando criança tentei imitar o Canhoteiro. Que fiasco! Depois as performances de Amaury Passos. Outro fiasco. Uma coisa é da maior importância, é preciso agarrar um talento que se coadune com a época. Sei de fonte segura que a habilidade de guiar carros de Fórmula 1 esteve em mãos de um jovem romano no ano III D.C. Sem carro e sem platéia o jovem se tornou condutor de bigas e passou a vida tentando ir mais rápido. Minha mãe diria que até pra ser escritor de província é preciso talento. Mãe não tem jeito...

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