Poemeu

Úmida e chata, muito chata...

Tal qual gillette deitada sobre mesa de fórmica

Sidney Borges

Vá-se embora chuva,
nos desobrigue de pagar mico...
vá molhar desertos,
irrigar catingas,
abastecer o velho Chico

Vade retro, dê o fora,
procure vazios e faça poças,
encha poços necessários,
deixe o sol brilhar,
não mofe meus armários...

Há limites. Chega chuva...
Pare de molhar meus ossos.

Isto é um aviso,
vá por bem,
ou irá por mal,
se houver insistência,
mantida a freqüência,
recorro à magia,
e no meio da rua,
deposito sal...

O Sol contente verá,
a chuva morrendo no poente...
e dirá altivo,
fora daqui teimosa umidosa.

Chega de chuva. Chô...

*Sidney Borges é escritor de província, proseador, não é poeta embora faça versos.

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