Meteorologia

Trégua, a chuva deu trégua...

Sidney Borges
A chuva nos deu uma trégua, não sei se breve ou definitiva. No momento suficiente para evitar problemas aos que vivem em baixios. Quero dizer, mais problemas. Construir em áreas de risco é um filme antigo, anterior ao "Cinema Novo", embora continue a seduzir a massa, digo o povo. Que sempre quer ter algo novo. O compra compra agora está se transformando em poupa poupa. Lá na terra de Tio Sam, aqui o consumo é feito em escala menor, até por razões culturais. Não temos o hábito de contrair grandes dívidas, um carnêzinho das Casas Bahia é café pequeno. Atire a primeira pedra quem nunca teve. Os americanos não sabem viver sem dever. E um dia precisam pagar. Para pagar é preciso poupar. Para poupar é preciso não comprar. E se ninguém comprar não faz sentido fabricar. Fabricantes sem compradores alopram. E pedem ajuda. Ao governo. O grande pai que abriga e acaricia os ricos. E aos pobres dá esmolas e tira impostos. Voltando à trégua pluviométrica, tenho um papel nisso. Não sei se foi a ameaça de usar magia-negra, jogar sal no meio da rua ou se foi o poema. A chuva parou. Caso volte a cair escreverei outro poema. Sioux, Apaches, Dakotas, Cherokees e demais peles-vermelhas dançavam para atrair chuva. Eu a espanto com poemas. Tenho dito...

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