Manchetes do dia

Quinta-feira, 20 / 11 / 2008

Folha de São Paulo
"Fuga de dólar cresce; cotação vai a R$ 2,39"
No terceiro pregão seguido de alta, o dólar subiu 2,71% e alcançou R$ 2,39, sua maior cotação desde maio de 2006. A moeda americana acumula elevação de 10,65% no mês. Apesar dos mais de US$ 50 bilhões usados em intervenções neste ano, o Banco Central não consegue deter a depreciação do real. No pico de ontem, o dólar chegou a ser negociado a R$ 2,414. De agosto até ontem, a elevação é de 53%. Desde 2002, quando se valorizou 53%, a moeda americana não encerra um ano em alta. A apreciação tem ocorrido em meio ao aumento da saída de recursos do país. O governo anunciou que as remessas de dólares ao exterior superaram o ingresso de capital estrangeiro em US$ 877 milhões nas duas primeiras semanas do mês. No mesmo período de 2007, houve entrada líquida de US$ 3,182 bilhões.


O Globo
"Senado faz desafio a Lula e devolve MP de filantrópicas"
Após reiteradas queixas sobre o excesso de medidas provisórias editadas pelo governo, que trancam a pauta do Congresso, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), desafiou o presidente Lula e, num gesto inusitado, devolveu a MP 446, que renova o certificado de entidades filantrópicas suspeitas de irregularidades. Decisão semelhante só tinha ocorrido em 1989, mas a devolução na época foi cancelada pelo próprio Senado. Com apoio da oposição, Garibaldi disse que a MP é inconstitucional. O Planalto, por intermédio do ministro José Múcio Monteiro, reagiu dizendo que o ato é político e não previsto no regimento da Casa. O governo não editará outra MP e deixará a questão para o Senado resolver, disse o ministro: "Não estávamos preparados para um gesto deste, inusitado na relação entre os dois poderes." O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), recorreu da decisão de Garibaldi, que terá de ser aprovada pelo plenário.


O Estado de São Paulo
"Alta do dólar já pressiona indústria"
Os preços industriais subiram 16,36% e 12 meses até a primeira prévia do IGP-M de novembro, mostra a Fundação Getúlio Vargas. É o índice mais alto desde fevereiro de 2005. Para os responsáveis pelo estudo, a alta expressiva nos últimos dois meses se explica pela disparada do dólar - ontem, a moeda americana subiu 2,58%, fechando em R$ 2,385, o maior valor verificado desde maio de 2006. Como os preços do setor são menos voláteis, 2009 pode começar com inflação industrial pressionada no atacado - que representa dois terços da inflação atacadista, que por sua vez compõe 60% dos índices da FGV. Indústrias dependentes de insumos importados já negociam com fornecedores e pedem abatimento de até 30%, o equivalente à valorização do dólar nos últimos dois meses.


Jornal do Brasil
"Inflação volta a corroer salário"
Fantasma do passado e ameaça no presente, a inflação voltou a consumir os salários. Segundo o IBGE, a renda teve, em outubro, a maior queda desde janeiro de 2006 - e a principal responsável foi a aceleração dos preços exibida no período. A tendência leva economistas ouvidos pelo JB a preverem juros elevados nos próximos meses, caminho inverso dos EUA, que registraram a maior deflação de preços desde 1947. A queda generalizada avança também sobre a Europa, em decorrência da recessão. A boa notícia é que o desemprego no Brasil caiu mais uma vez, atingindo a segunda menor taxa da História.

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