Ubatuba em foco

Que pena, o povo caiçara perde!

Carmem de Grammont

Sou jornalista, trabalhei cerca de 25 anos, como editora de texto, em diversas emissoras de TV, em São Paulo e tive a grata satisfação de vir para Ubatuba, cidade linda, que escolhi para morar. Fui agraciada com o convite do vereador Jairo dos Santos para fazer parte de sua equipe na Câmara Municipal, o que muito me orgulha. Como jornalista, é difícil para mim, falar na primeira pessoa. Acostumada a relatar fatos, acontecimentos, procurei, nos últimos quatro anos, cumprir essa tarefa, me baseando apenas na verdade. Sou, até dezembro, assessora do vereador Jairo dos Santos. Acompanhei e sou testemunha do trabalho deste vereador, que nunca mediu esforços para resolver as complicadas questões das comunidades caiçaras, de norte a sul da cidade. Jairo batalhou, ombro a ombro, com os pescadores para que eles não percam seu espaço e consigam viver dignamente. Fez projetos de Lei visando a amparar cada vez mais a categoria. Foi incansável na luta, junto aos órgãos competentes, para impedir a derrubada de casas, o que deixaria famílias humildes sem teto. È autor de projetos de Lei que determinam uma política habitacional, para resolver a situação das pessoas que moram em áreas de risco ou de preservação, aprovados por unanimidade, mas engavetados pelo Executivo. Jairo trabalhou muito pelos quilombolas da Caçandoca, do Cambury, pelos índios. Todos eles sabem disso. Isso, sem contar com as centenas de pessoas que freqüentavam o gabinete, procurando alívio para os problemas e sempre tiveram uma atenção especial de Jairo, que, muitas vezes, ficou sem tempo para comer, correndo atrás das soluções. Isso tudo que coloco aqui é pouco. É apenas uma pincelada no trabalho do vereador Jairo dos Santos, que embasou sua política sempre nos princípios da ética, da honestidade, do empenho e da solidariedade. Tem muito mais. Agora, eu me pergunto: onde estavam todas essas pessoas no dia 5 de outubro, que deixaram de eleger os vereadores que mais atenção lhes deram? Jairo dos Santos, Edílson Félix e Charles Medeiros nunca foram assistencialistas. Foram vereadores combativos, fiscalizadores, legisladores de verdade. Infelizmente, isso não contou nessas eleições. Lamento tanto, que chego às lágrimas. Não por causa do emprego que estou deixando, mas por saber o que Ubatuba está perdendo. É uma pena, porque o povo caiçara ficou meio órfão.
Carmem de Grammont
cgrammont@superig.com.br

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